ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA
PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
02-12-2009.
Aos dois dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e nove, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a
segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz
Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol, Sebastião
Melo e Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os vereadores Alceu Brasinha, Beto Moesch, Carlos Todeschini, Engenheiro
Comassetto, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Luciano Marcantônio, Marcello
Chiodo, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Sofia
Cavedon, Toni Proença, Valter Nagelstein e Waldir Canal. À MESA, foram
encaminhados: pelo vereador Aldacir José Oliboni, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 221 e 232/09 (Processos nos 4998 e
5188/09, respectivamente); pelo vereador Engenheiro Comassetto, o Projeto de
Lei do Legislativo nº 234/09 (Processo nº 5249/09); pelo vereador Ervino
Besson, juntamente com o vereador Mauro Zacher, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 230/09 (Processo nº 5185/09); pelo vereador João Carlos Nedel, o Projeto de
Resolução nº 050/09 (Processo nº 5613/09). Também, foi apregoado o Ofício nº
911/09, do senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de
Lei do Executivo nº 046/09 (Processo nº 5727/09). Ainda, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Mauro Zacher, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando o desarquivamento do Projeto de Resolução nº 051/08 (Processo nº
5263/08). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 796307, 796315,
796536, 796558 e 796630/09, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão,
deixou de ser votada a Ata da Décima Sexta Sessão Solene. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se a vereadora
Maria Celeste e o vereador João Antonio Dib. Na oportunidade, a vereadora Maria Celeste e
o vereador João Antonio Dib manifestaram-se acerca dos pronunciamentos
efetuados anteriormente por Suas Excelências, em Comunicação de Líder. A
seguir, foi apregoado Requerimento de autoria das vereadoras Maria Celeste e
Fernanda Melchionna, solicitando a constituição de Comissão Externa para “analisar
e acompanhar junto ao DMAE os editais e processos de licitação desta autarquia
com vista às obras necessárias para a realização do Projeto Integrado
Socioambiental”, tendo o senhor Presidente determinado a autuação desse
Requerimento para posterior votação. Após, em face de Questões de Ordem
formuladas pelos vereadores Reginaldo Pujol, Maria Celeste e Bernardino
Vendruscolo, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação
do Requerimento de constituição de Comissão Externa, acima referido, informando
que o assunto seria encaminhado para parecer da Procuradoria desta Casa. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se a vereadora Fernanda Melchionna. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pela oposição, pronunciou-se o vereador Engenheiro
Comassetto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, pronunciou-se o vereador
João Antonio Dib. Na ocasião, o senhor Presidente registrou o transcurso, no
dia de ontem, do aniversário do vereador Luiz Braz, procedendo à entrega, em
nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua Excelência. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Elias Vidal e Alceu
Brasinha. A seguir, foi apregoada a Emenda nº 12, de autoria da vereadora Maria
Celeste, Líder da Bancada do PT, e do vereador Engenheiro Comassetto, ao
Projeto de Lei do Executivo nº 043/08 (Processo nº 5503/08). Também, constatada
a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento de autoria do
vereador Engenheiro Comassetto, solicitando que a Emenda nº 12, aposta ao
Projeto de Lei do Executivo nº 043/08, fosse dispensada do envio à apreciação
de Comissões Permanentes. Em prosseguimento, foram apregoadas as seguintes
Emendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09 (Processo nº
5045/09): nos 03 e 04, de autoria dos vereadores João Antonio Dib,
Líder da Bancada do PP, e Beto Moesch; nº 05, de autoria dos vereadores Pedro
Ruas, Líder da Bancada do PSOL, e Engenheiro Comassetto; nos 06 e
07, de autoria dos vereadores Airto Ferronato, Líder da Bancada do PSB, e
Engenheiro Comassetto; nos 08 e 09, de autoria da vereadora Maria
Celeste, Líder da Bancada do PT, e do vereador Engenheiro Comassetto; nº 10, de
autoria dos vereadores Waldir Canal, Líder da Bancada do PRB, e Engenheiro
Comassetto; nº 11, de autoria dos vereadores João Antonio Dib, Pedro Ruas e
Toni Proença, respectivamente Líderes das Bancadas do PP, PSOL e PPS, e
Engenheiro Comassetto; e nº 12, de autoria dos vereadores João Antonio Dib,
Mauro Zacher, Pedro Ruas e Toni Proença, respectivamente Líderes das Bancadas
do PP, PDT, PSOL e PPS, e Engenheiro Comassetto. Após, constatada a existência
de quórum deliberativo, foram votados conjuntamente Requerimentos de autoria
dos vereadores Beto Moesch e Engenheiro Comassetto, solicitando dispensa do
envio à apreciação de Comissões Permanentes, respectivamente, das Emendas nos
03 e 04 e 05 a 12, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 006/09, os quais
receberam seis votos SIM e dezoito votos NÃO, após serem encaminhados à votação
pelo vereador Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo vereador
Reginaldo Pujol, tendo votado Sim os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos
Todeschini, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon e
votado Não os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ
Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Carlos
Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Nilo
Santos, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein,
votação essa declarada nula pelo senhor Presidente, tendo-se manifestado a
respeito os vereadores Haroldo de Souza, Maria Celeste, Reginaldo Pujol, Luiz
Braz e Engenheiro Comassetto. Às quinze horas e trinta e seis minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e
trinta e oito minutos, constatada a existência de quórum. Em seguida, o senhor
Presidente procedeu à leitura das Emendas nos 01 a 12, apostas ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Em prosseguimento,
constatada a existência de quórum deliberativo, foram votados conjuntamente e
aprovados Requerimentos de autoria dos vereadores Beto Moesch e Engenheiro
Comassetto, solicitando dispensa do envio à apreciação de Comissões
Permanentes, respectivamente, das Emendas nos 03 e 04 e 05 a 12,
apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 006/09, por vinte e oito votos SIM,
em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado os
vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto
Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João
Pancinha, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas,
Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir
Canal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Reginaldo Pujol. Após,
por solicitação do vereador Pedro Ruas, foi realizado um minuto de silêncio em
homenagem póstuma ao senhor Léo Antônio Genovêncio Maciel, Presidente da
Associação de Moradores da Vila Chocolatão, falecido no dia trinta de novembro
do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se o vereador Dr. Thiago Duarte.
A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em
prosseguimento, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pelo senhor
Presidente, solicitando votação em destaque para Emendas: de autoria do vereador
Engenheiro Comassetto, com relação às Emendas nos 05, 06, 07, 08,
09, 10, 11 e 12, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09;
de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, com relação às Emendas nos
01 e 02, apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 043/08; e de autoria do
vereador João Carlos Nedel, com relação às Emendas nos 03, 05 e 10,
apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 043/08. Na oportunidade, em face de
Questão de Ordem formulada pelo vereador Reginaldo Pujol, o senhor Presidente
prestou esclarecimentos acerca dos destaques para votação de Emendas apostas ao
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 137/09, por
vinte e nove votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José
Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ
Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Ervino
Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Pedro Ruas, Reginaldo
Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença, Valter Nagelstein e
Waldir Canal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução
nº 045/08. Em Discussão Geral e Votação, foram votados conjuntamente e
aprovados os Projetos de Resolução nos 017 e 035/09. Em Discussão
Geral e Votação, foram votados conjuntamente e aprovados os Projeto de Lei do
Legislativo nos 064, 070, 107, 130, 135, 136, 145 e 150/09, tendo-se
manifestado a respeito a vereadora Sofia Cavedon. A seguir, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Reginaldo Pujol, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando destaque para votação das Emendas nos 01 e 02, apostas
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Também, foi apregoada a
Emenda nº 13, de autoria do vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL, e da
vereadora Fernanda Melchionna, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
006/09. Ainda, foi aprovado Requerimento de autoria da vereadora Fernanda
Melchionna, solicitando que a Emenda nº 13, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 006/09, fosse dispensada do envio à apreciação de
Comissões Permanentes. Às dezesseis horas e nove minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezesseis horas e trinta minutos,
constatada a existência de quórum. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal
formulado pelo vereador Luiz Braz, solicitando alteração na priorização para a
Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo nº 147/09. Em prosseguimento, foram apregoadas as
seguintes Emendas e Subemendas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
006/09: Emendas nos 14 e 15, de autoria do vereador Valter
Nagelstein, Líder do Governo; Subemenda nº 01, de autoria da vereadora Maria
Celeste, Líder da Bancada do PT, e dos vereadores Nilo Santos, Líder da Bancada
do PTB, Aldacir
José Oliboni, Engenheiro Comassetto e Nelcir Tessaro, à Emenda nº 10; e
Subemenda nº 01, de autoria do vereador Elias Vidal, Líder da Bancada do PPS, à
Emenda nº 04. Também, foram aprovados os seguintes Requerimentos, solicitando
que Emendas e Subemendas apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
006/09 fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes: de
autoria do vereador Valter Nagelstein, com relação às Emendas nos 14
e 15; de autoria do vereador Aldacir José Oliboni, com relação à Subemenda nº 01, aposta à
Emenda nº 10; e de autoria do vereador Beto Moesch, com relação à Subemenda nº
01, aposta à Emenda nº 04. Após, foi apregoado Requerimento, de autoria do
vereador Valter Nagelstein, deferido pelo senhor Presidente, solicitando
votação em destaque das Emendas nos 03, 04 e 13, apostas ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Posteriormente, foi apregoado
Requerimento de autoria do vereador Valter Nagelstein, deferido pelo senhor
Presidente, solicitando a retirada do destaque para a votação da Emenda nº 13,
aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Em Discussão
Geral e Votação, foram apreciados o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
006/09 e as Emendas e Subemendas apostas, após terem sido discutidos pelos vereadores
Pedro Ruas, Aldacir
José Oliboni, Maria Celeste, Beto Moesch, Nelcir Tessaro, Toni Proença,
Mauro Zacher, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Luiz Braz, Sofia
Cavedon, Dr. Raul, Nilo Santos, Reginaldo Pujol e Bernardino Vendruscolo. Na
oportunidade, o senhor Presidente registrou o transcurso, no dia vinte e sete
de novembro do corrente, do aniversário do vereador Nelcir Tessaro, procedendo
à entrega, em nome da Mesa Diretora, de um cartão de felicitações a Sua
Excelência. Ainda, o senhor Presidente informou o comparecimento, na Sessão
Ordinária do dia de amanhã, do senhor Enrique Peñalosa, ex-Prefeito de Bogotá,
Colômbia, que falará sobre o tema “Mobilidade
para uma cidade social e ambientalmente sustentável”. Foi votada
destacadamente e aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 006/09, por vinte votos SIM e oito ABSTENÇÕES, em votação
nominal solicitada pela vereadora Maria Celeste, tendo votado Sim os vereadores
Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá,
Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, João Carlos Nedel, João Pancinha,
Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença
e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção os vereadores Adeli Sell, Aldacir
José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Maria
Celeste, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº
02, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Foram votadas
destacadamente e aprovadas as Emendas nos 03 e 04 e a Subemenda nº
01 à Emenda nº 04, apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
006/09. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 05, aposta ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 006/09, por dez votos SIM, dezessete votos
NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhada à votação pelo vereador Engenheiro
Comassetto, em votação nominal solicitada pelo vereador Sebastião Melo, tendo
votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni,
Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Luiz Braz, Maria
Celeste, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença, votado Não os vereadores
Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr.
Thiago Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, Luciano
Marcantônio, Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta,
Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein e optado pela
Abstenção o vereador Sebastião Melo. Na ocasião, os vereadores Bernardino
Vendruscolo e Luiz Braz manifestaram-se acerca do pronunciamento do vereador
Engenheiro Comassetto no encaminhamento à votação da Emenda nº 05, aposta ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 006/09. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 06, aposta
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09, por nove votos SIM,
dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador
Nilo Santos, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni,
Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste,
Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Toni Proença, votado Não os vereadores Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte,
Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio,
Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Reginaldo
Pujol, Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o
vereador Sebastião Melo. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 07,
aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09, por dezenove votos
SIM e sete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Nilo Santos,
tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto,
Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio,
Maria Celeste, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon,
Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Alceu Brasinha, Elias
Vidal, Haroldo de Souza, Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e
Reginaldo Pujol. Foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 08, aposta
ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09, por treze votos SIM e
treze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Valter Nagelstein,
tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Beto Moesch,
Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna,
Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo
Pujol e Toni Proença e Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul, Haroldo de Souza, João Carlos Nedel, João
Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Tarciso Flecha Negra e Valter Nagelstein. Foi votada destacadamente e aprovada
a Emenda nº 09, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09,
por vinte votos SIM e seis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo
vereador Valter Nagelstein, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir
José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul, Elias Vidal,
Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Carlos
Nedel, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulinho Ruben
Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso
Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá,
Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Valter Nagelstein. Foram votadas
destacadamente e aprovadas a Emenda nº 10 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 10,
apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Foi votada
destacadamente e rejeitada a Emenda nº 11, aposta ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 006/09, por oito votos SIM, dezoito votos NÃO e uma ABSTENÇÃO,
em votação nominal solicitada pelo vereador Bernardino Vendruscolo, tendo
votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e
Sofia Cavedon, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza,
João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Marcello Chiodo, Nelcir
Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha
Negra e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção o vereador Sebastião Melo.
Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 12, aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 006/09, por dezenove votos SIM e sete ABSTENÇÕES,
em votação nominal solicitada pelo vereador Reginaldo Pujol, tendo votado Sim
os vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos
Todeschini, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna,
João Carlos Nedel, João Pancinha, Luciano Marcantônio, Maria Celeste, Mauro
Pinheiro, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha
Negra, Toni Proença e Valter Nagelstein e optado pela Abstenção os vereadores Alceu
Brasinha, Haroldo de Souza, Marcello Chiodo, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Reginaldo
Pujol e Sebastião Melo. Foram aprovadas as Emendas nos 13, 14 e 15,
apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. Foi aprovado o
Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/09. A seguir, foi apregoada a
Emenda nº 13, de autoria dos vereadores Elias Vidal, Líder da Bancada do PPS,
Reginaldo Pujol, Líder da Bancada do DEM, Engenheiro Comassetto, Vice-Líder da
Bancada do PT, Ervino Besson, Vice-Líder da Bancada do PDT, DJ Cassiá, Sofia
Cavedon, Marcelo Chiodo e Toni Proença, ao Projeto de Lei do Executivo nº
043/08. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Toni Proença,
deferido pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque para a Emenda
nº 13, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 043/08. Em continuidade, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Dr. Raul, solicitando
alteração na priorização para a Ordem do Dia da presente Sessão. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 057/09. A
seguir, constatada a inexistência de quórum deliberativo, o senhor Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram:
em 1ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/09, os Projetos de Lei
Complementar do Legislativo nos 024 e 026/09, os Projetos de Lei
Complementar do Executivo nos 008 e 009/09, o Projeto de Lei do
Legislativo nos 194/09, os Projetos de Lei do Executivo nos
041, 042, 043, 44 e 045/09, o Projeto de Resolução nº 049/09; em 2ª Sessão, o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 025/09, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 118, 175, 220, 223, 225 e 226/09, os Projetos de Lei
do Executivo nos 039 e 040/09, os Projetos de Resolução nos
033 e 034/09. Às dezoito horas e trinta e sete minutos, nada mais havendo a
tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os
senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os
trabalhos foram presididos pelos vereadores Sebastião Melo, Adeli Sell e Luiz
Braz e secretariados pelo vereador Nelcir Tessaro. Do que eu, Nelcir Tessaro,
1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149,
parágrafo único, do Regimento, será assinada pela maioria dos seus integrantes.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria Celeste
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, ocupo esta tribuna, no tempo de Liderança da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, porque nós estamos, Presidente Sebastião Melo, extremamente
preocupados com as denúncias veiculadas nos jornais, através dos laudos que
estão sendo divulgados na CPI da Assembleia Legislativa; denúncias que estão
intrinsecamente ligadas à Administração do Prefeito Fogaça na cidade de Porto
Alegre. Nós verificamos, através dos jornais de hoje e de ontem, que o Programa
Socioambiental, que dispõe de um montante de recursos de 580 milhões de reais,
tem indícios de desvios de recursos, especialmente na contratação e na relação
com as empresas que disputaram o Edital e que venceram a contratação para essa
obra de grande porte na cidade de Porto Alegre.
Ver.
João Antonio Dib, nós estamos ouvindo questões veiculadas pelos nossos
Deputados na Assembleia Legislativa, estamos vendo matérias pelos jornais -
especialmente no jornal de hoje, de grande circulação na Cidade -, dizendo que
a Polícia Federal confirma indícios de irregularidade em obras no Município de
Porto Alegre.
Além
de a Polícia Federal estar dizendo isso, também há uma manifestação do
Presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul de que, quando a obra foi
licitada na primeira parte, no montante de 84 milhões, no primeiro semestre, o
Edital já havia sido questionado pela própria Associação e pelo seu Presidente,
o Sr. José Antonio Fernandes Martins, quando ele disse que a exigência para
essa obra, especialmente para os canos, era que não habilitava qualquer empresa
no Brasil. Aqui já havia, nessa manifestação do Presidente da Associação, um
indício de um edital dirigido a uma determinada empresa, especialmente a uma
empresa de fora do nosso País.
Nós
estamos aqui, especialmente o Partido dos Trabalhadores, não cumprindo um
denuncismo, porque quero lembrar aos Srs. Vereadores e às Sras
Vereadoras que, em 2007, numa publicação do nosso então Vereador da Casa,
Marcelo Danéris, já havia ponderações no Projeto que iniciou na Administração
Popular, coordenado pelo nosso companheiro Ver. Todeschini, e que foi mantido
pelo Governo Fogaça, mas de uma forma completamente diferente daquilo que foi
colocado. Só para diferenciar, o Projeto da Administração Popular trazia o
sistema biológico em lagoas de estabilização, igual ao que já era utilizado no
Belém Novo. A mudança do Projeto passa a ser um sistema compacto e mecânico que
precisaria não só aprovar as licenças ambientais, mas também um processo
químico com um montante de recursos muito maior para a sua implementação.
Para
não dizer que é apenas um denuncismo da Bancada do PT, em 2007, um dos nossos
Vereadores já se manifestava e colocava isso frontalmente, questionando o
Edital e as propostas da mudança do Projeto
Mas o
que nos causa mais estranheza é que o próprio Ministério Público, no caso
Detran, coloca e aponta irregularidades em convênios entre autarquias e a
federação, em três ações, e quem era o alvo de uma delas, colocado aqui,
exatamente, numa ação civil pública por improbidade administrativa, era o Sr.
Geraldo Portanova Leal. E quem é o Sr. Geraldo Portanova Leal, Ver. João
Antonio Dib, que responde por várias ações, dentre elas peculato, inclusive com
uma ação do Ministério Público colocada e montada adequadamente? Quem é o Sr.
Geraldo Portanova Leal, senão, mais do que ninguém, o Coordenador-Geral do
Projeto Pisa na cidade de Porto Alegre. O Sr. Geraldo - com a sua tolerância,
Sr. Presidente - foi efetivado na Prefeitura Municipal de Porto Alegre em 28 de
junho de 2009, depois de ser indiciado pelo Ministério Público numa ação de
peculato. No mínimo, nos parece muito inadequado e muito estranho o Prefeito
Municipal de Porto Alegre chamar para coordenar um projeto tão importante, de
enorme relevância, com um aporte de recursos enorme, alguém que já estava sendo
indiciado na Operação Rodin, do Detran, exatamente por questões pertinentes ao
favorecimento de contratos, de licitações e de editais promovidos já àquela
época.
Portanto,
Sr. Presidente, eu quero aqui conclamar a Câmara Municipal de Porto Alegre a
não se furtar da sua responsabilidade, da sua maior atribuição, que é a
fiscalização. Nós, Vereadores do PT e da Bancada da oposição, estamos aqui
trazendo um Requerimento, para que todos os Vereadores desta Casa assinem,
pedindo a criação de uma Comissão Externa para que possamos nos dirigir ao DMAE,
junto ao Diretor Flávio Presser, para os esclarecimentos necessários sobre os
editais e os contratos, especialmente os do início do processo de contratação
do Pisa na cidade de Porto Alegre. Não nos furtemos, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras; não podemos deixar de levar em conta a nossa atribuição maior, que
é a fiscalização necessária sobre o Executivo. Portanto, estamos aqui
requerendo - e vamos entregar em suas mãos - a constituição dessa Comissão
Externa. Muito obrigada, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. João Antonio Dib
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, eu hoje havia solicitado o tempo de
Comunicação de Líder para falar sobre a Execução Orçamentária, mas, quando vejo
a minha querida amiga Verª Maria Celeste falar da mesma forma que a sua
correligionária lá na Assembleia Legislativa, a Deputada Stela Farias, que foi
quem lançou toda essa história ao ar, eu sou obrigado a responder parte daquilo
que a nossa querida Vereadora traz como afirmativo. Eu acho que nós não podemos
fazer o mesmo papel da Deputada Stela Farias, que fez uma Comissão de Inquérito
que não conseguiu reunir os seus membros. Então, ao se encerrarem os trabalhos,
ela resolveu acusar.
Agora
eu estou lendo dois jornais de hoje, que estão aqui na minha frente. O jornal
Zero Hora, página 12 - Política -, diz (Lê.): “Na Capital. Polícia Federal
confirma indícios de irregularidade em obras. Diretor do DMAE nega qualquer
suspeita sobre as 14 licitações do programa de esgotos da Cidade”.
O
jornal O Sul, página 02, diz (Lê.): “Superintendente da Polícia Federal nega
investigação contra Governo Fogaça. Nenhum dos 16 inquéritos da Operação
Solidária citam o nome do Prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, ou obras
executadas na Capital que tenham algum indício de desvio de recursos, garantiu
ontem o Superintendente da Polícia Federal no Rio Grande do Sul, Delegado Ildo Gasparetto”.
O
jornal Zero Hora já diz diferente (Lê.): “Segundo o Superintendente da PF, Ildo
Gasparetto, o caso faz parte da lista de suspeitas geradas pelo desdobramento
da Operação Solidária, investigação que apurou desvios em obras públicas na
Região Metropolitana”.
Eu
gostaria de recomendar aos meus colegas muita cautela, muita cautela, porque
essa história de fazer Comissão Parlamentar de Inquérito de pessoas que não
tenham um fato definido para ser razão da CPI, parece-me um equívoco do
Legislativo. É um direito, sim, da minoria, em especial, fazer a Comissão
Parlamentar de Inquérito, mas há que ter fato definido, e não apenas indícios,
dúvidas. Precisamos de fatos claros. Eu não defenderei o Governo se o Governo
estiver errado, podem ter certeza disso, porque, para mim, só há dois caminhos:
o caminho certo e o caminho errado. Eu não vou fazer nada para colocar “panos
quentes” em alguma coisa que esteja equivocada no Governo, tanto que hoje eu ia
fazer análise da Execução Orçamentária, mas, diante da colocação da Líder do
PT, sou obrigado a falar, como Vereador mais antigo desta Casa. Já fui
Prefeito, eu sei o que é fazer acusações e ouvir acusações. Não há dificuldades
de explicar a preferência por esse ou por aquele tipo de tubos. O DMAE tem
técnicos da melhor qualidade. Eu lembro que fui Diretor do DMAE por duas vezes,
e, na segunda vez, o Dr. Walter Castagnino, que assessorava o DMAE para que nós
fizéssemos o modelo de qualidade e o modelo matemático das águas do rio Guaíba
- e ele assessorava a Organização Mundial de Saúde -, disse da excelência dos
técnicos do DMAE, porque aqui ele chegava apenas para saber o que havia sido
feito; ele não precisava assessorar, dar continuidade.
Portanto,
eu imagino que o PT não deva ter desestruturado o DMAE ao longo dos 16 anos que
governou a Cidade; deve ter mantido o mesmo padrão de técnicos lá no DMAE, eu
não penso diferente. Então, escolher o tubo de aço ou o tubo de PVC depende de
estudos que foram realizados.
As
licitações foram feitas publicamente, com transparência, e eu não quero
“colocar panos quentes”. Agora, se não houver fatos claros, definidos, eu acho
que nós não podemos embarcar em aventuras e fazer o papel que fez a Deputada
Stela Farias com a sua Comissão “para lamentar” de Inquérito, porque ela não
trouxe nenhum fato novo; ela apenas reavivou alguns fatos que já haviam
ocorrido na CPI do Detran e que estavam nos jornais da Cidade. Na CPI do
Detran, também não trouxeram nada de novo; tudo estava nos jornais. Portanto,
eu aconselho: devagar, simplificar - cautela. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, para uma questão de esclarecimento.
Eu acho que o Ver. João Antonio Dib não entendeu a nossa proposta. Exatamente o
que ele está dizendo: por cautela, com calma e tranquilidade, neste momento, é
que nós estamos pedindo uma Comissão Externa; nós não chegamos ainda a pedir
uma CPI. Nós estamos pedindo que a Câmara Municipal cumpra o seu papel
fiscalizador, criando, neste momento, uma Comissão Externa que se dirija ao
DMAE e possa verificar toda a documentação que o Diretor do DMAE diz que tem e
que está correta. Nesse sentido, quero fazer um alerta ao Ver. João Antonio
Dib, de que é uma Comissão Externa.
O SR.
JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, eu também desejo fazer um
esclarecimento. Basta que se leiam as notas taquigráficas do pronunciamento da
Verª Maria Celeste, pela qual eu tenho profundo respeito - e ela sabe disso -:
ela falou em Comissão de Inquérito.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, Verª
Maria Celeste, passo a dar conhecimento do Requerimento feito por V. Exa
ao Plenário da Casa (Lê.): “Requerimento de Solicitação de Comissão Externa.
Sr. Presidente, considerando as informações veiculadas pela imprensa local,
conforme consta em anexo, de que a Polícia Federal, ao analisar desdobramentos
da identificação sobre a Operação Solidária do Governo do Estado, aponta
indícios de irregularidades de obras em execução no Município de Porto Alegre;
considerando que as denúncias em questão indicam possíveis fraudes em
licitações para a realização do Projeto Integrado Socioambiental - Pisa -,
notadamente quanto ao Programa de Esgoto do DMAE, da Cidade; considerando que
esta Casa aprovou, no último período, por mais de uma vez, Projeto do Executivo
Municipal solicitando autorização legislativa de ampliação de financiamento
para o Pisa e destinação de mais recursos, os Vereadores e Vereadoras
signatários vêm, por meio deste Requerimento, solicitar a constituição de
Comissão Externa, com fulcro no art. 78 e seu parágrafo único, do Regimento
Interno da Câmara Municipal de Porto Alegre, com o objetivo de analisar e
acompanhar, junto ao DMAE, os editais e processos de licitação dessa autarquia,
tendo em vista as obras necessárias para a realização do Projeto Integrado
Socioambiental, dentro da função precípua constitucional e orgânica deste
Legislativo, de fiscalização dos atos do Executivo, para esclarecer e dirimir
quaisquer dúvidas quanto à transparência dos referidos processos
licitatórios.Sala das Sessões, 2 de dezembro de 2009.” Assinam as Vereadoras
Maria Celeste e Fernanda Melchionna.
Sra
Verª Maria Celeste, recebo o Requerimento, determino a autuação, e, conforme
estabelece o art. 94 do Regimento Interno, que diz o seguinte: “O Requerimento
é a proposição verbal, ou escrita, dirigida por Vereadores à Mesa, sobre
matéria de competência da Câmara”.
E o §
3º diz o seguinte: “Dependerá de deliberação do Plenário, sem discussão, com
encaminhamento de votação, nos termos desta Resolução, o Requerimento que solicitar...”
E aí há um rol, e, na letra “m”, diz o seguinte: “constituição de Comissão
Especial.”
Portanto, eu determino a autuação, que venha para a Ordem do Dia, e vamos votar essa matéria segunda-feira, nesta Casa. É o despacho desta Presidência.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, é só
para um esclarecimento de nossa parte. Com relação à matéria, consulto V. Exa
se a constituição da Comissão Especial não deve ser objeto de consulta das
Comissões Permanentes, se elas concordam ou não, se abrem mão dessa
possibilidade ou não. Quer me parecer que, normalmente, é esse o caminho que
segue. Não sei se, diante da relevância do caso, pode-se abrir mão dessa
audiência.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Bom, eu solicito
informação ao Diretor Legislativo, Dr. Luiz Afonso, sobre o que o Ver. Pujol
suscita, mas eu diria, frente à sua manifestação, de imediato, que determine a
autuação do processo e o submeta à Procuradoria da Casa para ver da procedência
ou não da questão levantada pelo Ver. Pujol, que diz o seguinte: que ele tem
dúvida se constituir uma Comissão Externa depende da aquiescência das Comissões
da Casa. Eu tenho as minhas dúvidas; acho que não, mas, frente à manifestação
dele, de imediato, eu peço um parecer da Procuradoria para que volte à Ordem do
Dia, na segunda-feira, pois há prazo suficiente para isso.
A SRA.
MARIA CELESTE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, há uma
dúvida suscitada. Nós estamos pedindo uma Comissão Externa baseada no art. 78;
diz aqui, no Regimento Interno, que a Comissão será constituída pelo
Presidente. Não sei, posso estar errada, se há necessidade de votação em
Plenário. Eu gostaria de uma orientação da DL sobre isso.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Verª Maria Celeste, eu,
tão logo V. Exa fez o Requerimento, no momento da fala do Ver. Dib,
manuseei o Regimento e entendo que uma decisão dessa envergadura não pode ser
uma decisão monocrática do Presidente. O Regimento Interno da Casa - e V. Exa
é conhecedora dele -, manifestamente, expõe, no art. 94, sobre os Requerimentos
(Lê.): “Requerimento é a proposição verbal ou escrita, dirigida por Vereador à
Mesa, sobre matéria de competência da Câmara.” E aí diz o seguinte (Lê.): § 1º.
“Será despachado de plano [ou seja, uma decisão monocrática], pelo Presidente,
o Requerimento que solicitar: a) retirada, pelo autor, de Requerimento
verbal...” E aí há um rol de coisas que não necessitam ser submetidas ao
Plenário. Bom, mas lá, depois, diz no § 3º (Lê.):”Dependerá de deliberação do
Plenário, sem discussão, com encaminhamento de votação nos termos desta
Resolução, o Requerimento que solicitar...” E aí diz um rol de matérias, e
pode-se ler lá, na letra “m” (Lê.): “...constituição de Comissão Especial.” É o
caso de uma Comissão Especial. A Comissão Externa é considerada uma comissão
especial, como a comissão temporária, enfim.
Então,
portanto, eu tenho isso expressamente claro; mas determinei a autuação, e, de
imediato, a matéria virá a Plenário, e nós vamos enfrentá-la. O Plenário
aprovando, o Presidente abre vista para que os Líderes indiquem os
representantes, de acordo com a proporcionalidade; e aí está constituída a
Comissão.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, V. Exa já fez o
registro. Eu não tenho dúvida, sem querer entrar no mérito, de que alguém, para
me representar ou representar qualquer outro, ou a Casa, tem de ter esse poder
delegado, não há dúvida disso.
A SRA.
MARIA CELESTE (Questão de Ordem): Sr. Presidente, talvez a
sua decisão tenha sido pela similaridade no que concerne à Comissão Especial e
à Comissão Externa. Mas, se nós olharmos o artigo 57 do Regimento são
classificadas, tanto a Comissão Especial quanto a Comissão Externa, como
comissões temporárias. E o Regimento, no art. 94, fala apenas da Comissão
Especial. Eu acolho a sua decisão, mas gostaria de fazer essa ponderação,
porque, no art. 94, alínea “m”, que o senhor colocou, fala da constituição de
Comissão Especial, mas, se olharmos o art. 57, a Comissão Especial faz parte
das Comissões Temporárias, assim como a Comissão Externa. Há um vácuo aí.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Mais uma razão, Verª
Maria Celeste, porque, na dúvida, o Plenário é soberano, mas eu vou consultar a
Procuradoria da Casa, e solicito que, imediatamente, se determine à Dra
Marion que proceda à sua avaliação; que juntem-se, inclusive, as notas
taquigráficas das manifestações dos Vereadores, para que ela possa se
manifestar. Consulto se alguma Bancada, neste momento, usará a Liderança.
A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, eu
esperava a manifestação de outras Bancadas sobre este tema que, ao fim e ao
cabo, cai nas atribuições do Legislativo Municipal. Portanto, em primeiro
lugar, eu queria saudar o seu acolhimento relacionado à necessidade de
Constituição da Comissão Externa e, sobretudo, dizer que eu acredito, nós, do
PSOL, acreditamos que este Plenário aprovará uma Comissão Especial para cumprir
uma das principais atribuições do Legislativo, que é a fiscalização do
Executivo Municipal, e, nesse caso, uma busca permanente junto ao DMAE, para
auferir as obras, as licitações, a mudança do Projeto Integrado Socioambiental,
porque, evidentemente, nós temos dois fatos que justificam a atuação desta Casa:
o primeiro, mas não menor, é a indicação desse senhor, Geraldo Portanova Leal,
para coordenar - Ver. Carlos Todeschini, que sei que conhece bem a matéria do
Programa Integrado Socioambiental - o Projeto orçado em 580 milhões de reais,
menina dos olhos do Governo Fogaça, constituído
há mais de oito anos, desde os primeiros estudos, que demorou a sair do papel,
e que, quando da mudança do Projeto, foi mudada a tecnologia empregada nos
tubos, nos canos, o que encareceu bastante o Programa Socioambiental; de 340
milhões, foi para 580 milhões de reais, passados por sucessivos termos de
aditamento do contrato por esta Casa, no ano passado. Isso não ficou claro para
a sociedade, para o Legislativo, para todos aqueles que desejam uma atuação
transparente do Executivo.
Além
disso, esse senhor, Geraldo Portanova Leal, é um dos indiciados pelo Ministério
Público, em função do caso Detran! A Operação Rodin, senhores colegas,
Vereadores e Vereadoras, que investigou 44 milhões de reais dos cofres
públicos, com contratos e subcontratos a partir das fundações de apoio, durante
todo o ano passado. Esse senhor aparece entre os 15 indiciados da Operação
Detran, entre eles o Flavio Vaz Netto. O segundo que aparece é esse senhor -
Geraldo Portanova Leal - que está sendo autuado pelo Ministério Público por
desvio de dinheiro público, a partir da Operação Rodin. Em primeiro lugar, como
pode a Prefeitura Municipal colocar esse senhor para coordenar o Pisa?
Em
segundo lugar, não é novidade - e tem estado nas páginas dos principais jornais
do nosso Estado que, desde ontem - a CPI da corrupção da Assembleia Legislativa
trabalha com matérias, áudios, mensagens, fruto de investigação e inquérito da
Polícia Federal. São dados sigilosos; portanto, não podem ser mostrados
publicamente, porque são investigações sigilosas, com segredo de Justiça, mas
estão sendo colocadas as possíveis irregularidades do Pisa na cidade de Porto
Alegre, bem como certas siglas que têm origem duvidosa, e se questiona quem são
os beneficiários dessas fraudes ou supostas fraudes nas licitações.
Então,
eu não tenho dúvida da importância de que esta Casa aprove uma Comissão Externa
para ir ao DMAE, para ir ao Tribunal de Contas do Estado, para ir ao Ministério
Público, para investigar e cumprir o seu papel, fiscalizando a ação do
Executivo e tornando transparentes as contas públicas. Evidentemente, se houver
irregularidades, o que nos parece que há, Ver. Todeschini, aí, sim, se abrem os
mecanismos investigativos a que esta Casa tem direito, como as Comissões Parlamentares
de Inquérito. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; colegas
Vereadores, Vereadoras; senhoras e senhores; imprensa aqui presente, em nome da
oposição, vou seguir, sim, a recomendação feita pelo Ver. João Antonio Dib, que
diz que cautela não faz mal a ninguém. Quero afirmar que uma das tarefas
principais do Parlamento, do Legislativo e da Câmara de Vereadores é fiscalizar
todas as ações do Executivo. E nós temos que nos pautar no que a imprensa está
dizendo hoje. Portanto, Ver. João Antonio Dib, a sua fala está em desacordo com
o que a imprensa diz (Lê.): “Em virtude do segredo de justiça, o delegado não
confirma a existência de escutas que envolvam o Pisa, um dos principais
programas do Governo José Fogaça (PMDB). Já a presidente da CPI da Corrupção,
Stela Farias (PT), afirma que as interceptações existem: - Tivemos acesso a um
conjunto de escutas, e-mails e mensagens de celular que mostram
tratativas de licitações do Pisa. Nos áudios, há combinação prévia dos termos
do edital entre autoridades e empresários.”
Portanto,
se há uma dúvida e se há segredo de justiça, prezados colegas Vereadores e
prezado Ver. João Antonio Dib, eu acho que esta Casa tinha que pedir,
imediatamente, à Justiça a quebra do sigilo de justiça, para que essas
informações se tornem públicas. Aí nós vamos dirimir toda e qualquer dúvida. A
primeira questão é essa.
A
segunda questão é que eu quero resgatar aqui os debates que nós fizemos nesta
Casa nos anos de 2006, 2007, 2008 e neste ano. O Governo Fogaça recebeu esse
Projeto Socioambiental pronto, elaborado, aprovado, com audiência pública
realizada, com licença ambiental realizada, com uma tecnologia definida, com
estudos e com debates públicos feitos. Ele recebeu esse Projeto e executou um
conjunto de mudanças nele sem consultar a população, sem fazer nova audiência
pública. E aqui eu tenho algumas perguntas e algumas dúvidas que persistem,
sim, e que precisamos esclarecer, sim. Nós fizemos esse debate aqui nesta Casa,
e a Líder do Governo, na época, Verª Clênia Maranhão, se comprometeu a trazer
essas informações e, até hoje, não trouxe. Portanto, o Ver. Valter Nagelstein é
o responsável por trazer essas informações. Tudo isso está escrito nas
notas taquigráficas desta Casa. Quando veio o Projeto para cá para nós
aprovarmos o valor, autorizando o financiamento junto à Caixa Federal, esse mesmo
Projeto voltou a esta Casa três vezes, sempre para se fazer adendo de valores.
A
primeira pergunta que queremos fazer aqui - e queremos resposta - é por que foi
mudada a tecnologia sem fazer um debate público, inclusive apresentando em
audiência pública, se os próprios construtores da tecnologia - a indústria do
aço - estão dizendo que essa tecnologia que foi adotada aqui serviu, sim, para
orientar licitações dirigidas. Por que foi retirado do Socioambiental Parque
Arroio do Salso e não foram dadas explicações a esta Casa e nem à Cidade? Por
que foi retirado o Projeto do Parque Ambiental do Morro São Pedro e não foram
dadas explicações a esta Casa e nem à Cidade? Por que foi retirada do Projeto
da remoção das 250 famílias da vila dos Sargentos e não foram dadas explicações
a esta Casa? E o Projeto não diminuiu de valor; aumentou em muitos milhões!
Portanto, essas são as dúvidas e os questionamentos que nós temos que fazer,
sim!
E, no
momento em que a nossa Líder do PT propõe que uma comissão mista, externa,
desta Casa, composta pela pluralidade, vá até o DMAE, para que o DMAE abra os
projetos e os mostre aos Vereadores, não é nenhuma CPI. Eu não vejo por que
contrariedade, principalmente, do decano da Casa, Ver. João Antonio Dib. Esta
Casa é feita para investigar quando existe a possibilidade de suspeita. E,
nesse caso, existe a possibilidade de suspeita. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra
para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.
O SR.
JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, o Ver. Engenheiro Comassetto, ultimamente, parece
que tomou assinatura com este Vereador; ele quer investigar a possibilidade de
suspeita. Ele diz que eu aconselhei uma coisa. O que eu aconselhei, na
realidade, foi - e repito - cautela, responsabilidade e, como eu sempre digo:
simplifica, meu filho, simplifica!
Por
outro lado, eu não consigo dizer que a imprensa afirma alguma coisa do Delegado
Gasparetto, porque a imprensa se considera o todo. Eu não tenho por que duvidar
do jornal Zero Hora, mas também não tenho por que duvidar do jornal O Sul, que
estampa a fotografia do Delegado Gasparetto dizendo que não tem nada de
investigação sobre a Administração Fogaça. Agora, a Zero Hora diz que tem. Eu
respeito os dois jornais, eu acredito nos dois, mas um dos dois não está
correto. Eu nem estou dizendo que não está falando a verdade, porque mentir é
falar contra o que se pensa para enganar; acho que nenhum dos dois jornais está
querendo enganar a população, e acho também que o Delegado Gasparetto não está
querendo fazer isso. Então, acho que há um conflito, sim, de informação. Agora,
claro que aquele que vende tubo de aço diz que o melhor a ser usado é o tubo de
aço, e o Diretor do DMAE, como técnico, fala que o melhor é o tipo escolhido
pelo DMAE. Eu volto a dizer que o DMAE tem técnicos com capacidade suficiente
para definir o que é melhor para ser utilizado.
Depois,
tem essa história de empresas estrangeiras. A Archel, que é do meu colega de
turma, Érico Dihl Peixoto - e o pai dele, antes dele, já estava com a Archel
funcionando, não com as mesmas finalidades -, é uma grande empresa de
Engenharia, que já fez com o PT muitas obras: a vila Planetário, por exemplo, e
eu fiquei até triste, porque parei a obra por duas vezes, por ser irregular,
por ser ilegal, e o Engenheiro Peixoto, meu colega, ficou triste comigo também,
mas é uma empresa genuinamente brasileira.
A
outra empresa que aqui está, a Empresa de Engenharia e Saneamento, também é
brasileira. Que história é esta de recurso estrangeiro, dinheiro estrangeiro?
O que
eu recomendei foi cautela, mas, como a Verª Maria Celeste falou em Comissão de
Inquérito, eu disse que é o direito da minoria, e é; eu não vou tirar o direito
de ninguém. Eu conheço dois caminhos - o certo e o errado; eu não trilho o
caminho errado, podem ter certeza. Se o Governo estiver errado, eu não vou
fazer a defesa do Governo, mas não vejo indícios de suspeita, como diz o nobre
Ver. Carlos Roberto Comassetto - a quem gosto de chamar de Roberto, gosto dele
-, mas ele parece que tomou assinatura contra este Vereador, e não está certo.
Outro dia, ele mostrou a grandeza de que é possuído, pois, depois de me agredir
verbalmente, ele foi ao mesmo lugar e disse que pedia desculpa, porque foi
questão de emoção do momento. Eu acho que hoje ele também se enganou. Eu não
indiquei outra coisa a não ser calma, responsabilidade, e não apenas
basear-se em duas informações da imprensa absolutamente contraditórias -
absolutamente contraditórias! Eu não falei nada, eu só li o que pronunciou o
Delegado Gasparetto para o jornal O Sul, na página 02, e o que o jornal Zero
Hora diz, assinado pelo Sr. Leandro Fontoura, na página 12, página de Política,
que diz que o Delegado Gasparetto afirmou diferente do que teria afirmado para
o jornal O Sul.
Eu não
tenho razão para acreditar nem em um, nem no outro, ou tenho que acreditar nos
dois? Os dois me deixaram em dúvida.
Então,
há suspeita de indício - eu não conhecia, mas, em todos os casos, a gente
aprende todos os dias. E hoje eu aprendi um pouco mais com o meu caro Ver.
Engenheiro Comassetto, mas continuo dizendo: cautela, responsabilidade, porque
esta Casa tem um padrão de seriedade que tem que ser respeitado, que tem que
ser continuado. Nós demos exemplo, na semana passada mesmo, quando entramos
madrugada adentro, votando o Plano Diretor. Agora, não há dúvida nenhuma, Ver.
Adeli Sell, que dirige os trabalhos, de que a grande responsabilidade do
legislador não é fazer leis; é fiscalizar o cumprimento da Lei, é fiscalizar a
Execução Orçamentária; então, que se faça isso, mas eu não recomendei nada
diferente do que cautela, responsabilidade. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Chamo o Ver. Luiz Braz e peço que seja
recebido com uma salva de palmas, porque foi nosso aniversariante no dia de
ontem. (Palmas.)
(Procede-se
à entrega de Cartão.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, em nome da Bancada do PPS, quero desejar ao Ver.
Luiz Braz um feliz aniversário. Vida longa, Ver. Luiz Braz!
Srs.
Vereadores, eu ouvi com atenção os Vereadores da oposição falarem sobre o
Prefeito Fogaça, sobre a obra do DMAE. Acho isso um tanto leviano, porque as
pessoas, para jogarem pedra, para acusarem - o que é muito fácil -, têm que ter
provas. Como disse o Ver. João Dib, acredito que qualquer Vereador, ao ver, de
fato, uma irregularidade, não vai passar a mão por cima, mas o que me
entristece é a gana com que gostam de jogar pedras, porque este Vereador sempre
disse - talvez pela minha formação teológica, por ter um ponto de vista mais
espiritual do Universo e das coisas deste planeta - que nós precisamos ser
justos e que a justiça tem de ser para quem a tem, assim como a verdade é para
quem está na verdade. Não se pode esconder uma verdade com mentira.
Agora,
basear-se num fato que está sendo discutido, num primeiro momento, pela
imprensa, para julgar?! Eu liguei para o DMAE e pedi informações, disse que
queria saber o que existia de verdade e de mentira em tudo isso noticiado na
imprensa. Tem gente que adora jogar pedra o tempo todo, porque é mais fácil; é
mais fácil destruir, é uma forma de se promover, de chamar para si a atenção.
Agora,
há aqui alguns dados - que os senhores devem ter recebido - de que o DMAE, por
determinação do Sr. Prefeito Municipal, o Sr. Fogaça, está solicitando ao
Tribunal de Contas uma inspeção especial em todas as etapas do processo
licitatório do Pisa - o próprio Prefeito está pedindo!
Em
segundo lugar, o Projeto contempla componentes de aço, tubos na sua parte
terrestre, numa extensão de cinco quilômetros, e de polietileno de alta
densidade, plástico, na parte subaquática. O emprego desse tipo de material
obedece à recomendação técnica que vem sendo seguida desde a Administração
anterior. Bom, alguns dos senhores participaram, e, se não me falha a memória -
corrijam-me se eu estiver errado -, de uma reunião que tivemos acho que no
início do ano, ou no ano passado - vou buscar esse registro -, com a empresa,
com os fornecedores do Sindicato do Aço. Já ouvi, lá atrás, uma briga entre
polietileno e aço, aí foi dito que colocar, na parte aquática, tubulações de
aço seria extremamente complicado. Então, ficaria com aço em terra, e a parte
de plástico ficaria na água - o que se achou razoável. Mas pareceu-me um jogo
de braço, e talvez haja, também, uma briga econômica - mas não sei! Não se pode
jogar pedras antes de os fatos serem esclarecidos. Uma das funções dos
Vereadores é, de fato, fiscalizar, mas não é de acusar, não! Não se pode sair
por aí acusando; precisamos de mais fatos. E se isso, de fato, for real, podem
ter certeza de que os Vereadores vão fazer alguma coisa, e não como muitos
fizeram, quando o dinheiro foi levado na cueca, por serem de tal Partido; aí
não fizeram nada, usaram outra postura, que não acredito que seja a postura da
base aliada.
Outro
detalhe: a licitação do Pisa é um dos melhores exemplos de licitação, com
economia para os cofres públicos, e a obra mencionada foi orçada pela Caixa
Econômica Federal em 111 milhões, e o preço final da licitação ficou em 84
milhões, senhores - em 84 milhões! O que a Caixa Econômica Federal orçou em 111
milhões ficou, no final, em 84 milhões! Então, vamos devagar, não vamos sair
por aí atirando pedra. Não vamos fazer como na Assembleia Legislativa, onde a
maior acusadora, se não me falha a memória, também - e isso estava na imprensa
-, estava com os bens bloqueados! Então, jogar pedra é fácil, até porque só se
atira pedra em árvore que tem fruto.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, é com muita alegria que eu venho a esta tribuna
depois desses dias que passamos no debate do Plano Diretor. Parece que eu,
realmente, estou com saudade de ir até tarde; enfim, Ver. Ervino Besson, cada
debate que nós fazíamos era fundamental para a Cidade, para a comunidade em
geral.
Mas eu
venho a esta tribuna falar com muita atenção e muita alegria, porque tem gente
nos cobrando que seja votado o Projeto dos Portais da Cidade. E eu, Ver.
Paulinho, gostaria que fosse imediata essa votação, porque não somos só nós que
estamos cobrando; os próprios jornalistas, como o Lasier Martins, já falaram
que gostariam que fosse implantado em breve, votado rapidamente, porque Porto
Alegre precisa andar para frente; afinal, a Copa do Mundo vem aí - e já está
perto, não é, Vereador? -, e nós precisamos diversificar e buscar um
entendimento junto com a Cidade, contribuir para alavancar os grandes negócios,
os grandes empreendimentos, não é, Ver. Elias Vidal? Falta pouco para 2014, e,
antes disso, vem a pré-Copa do Mundo para cá também. Então, realmente, eu estou
vivendo com um espírito de futebol, porque gosto muito de esporte.
Logo após o término do Plano Diretor, eu falei com o querido Presidente Ver. Sebastião Melo, fiz um aparte, porque todo o mundo sabe, Ver. Raul, que eu sou um gremista; o Ver. Tarciso e eu defendemos a bandeira tricolor. Hoje, o extraordinário Túlio Milman disse que eu fiz uma piada de mau gosto. Claro que ele não gostou, ele é um dedicado colorado, mas cada um tem a sua opinião e escolhe ser colorado, gremista, são-paulino, palmeirense, flamenguista - flamenguistas, hoje, tem muitos no Brasil todo. Todo o mundo sabe que eu tenho essa paixão pelo Grêmio, sempre vou divulgar e jamais vou deixar de falar do que eu mais gosto, que é o esporte.
Também
peço desculpas a V. Exa, que achou que era uma piada, não tem
problema. Eu sou um Vereador doutrinado em pedir desculpas para as pessoas,
porque nem todo o mundo está sempre com a verdade.
Então, Ver. Elias Vidal, Ver. Marcello Chiodo, Ver. Nilo Santos, Ver. DJ Cassiá, Ver. Nelcir Tessaro, peço desculpas, porque estou usando o Tempo de Liderança do meu Partido, mas, realmente, Ver. Toni, estou empolgado, porque está chegando o final do Brasileirão, com o esporte mais interessante no mundo, e não há campeonato melhor. E a prova disso, Ver. Pujol: quantos estão aí que podem buscar o Título?
Ver.
Tarciso, lembra quando nós estivemos lá no Maracanã, com 80 mil pessoas - parece
que V. Exa jogou aquela vez -, todos quietos, e ganhamos o Título?
Quem sabe pode estar nascendo o novo campeão brasileiro? E quero dar a ele meus
parabéns antes de terminar o campeonato.
Ver.
Reginaldo Pujol, para mim, é um motivo de muita alegria tê-lo como amigo. Eu
brinco com o senhor, dizendo que o senhor é um gigante pela própria natureza,
porque trabalha muito. Esse homem vive 24 horas por dia, intensamente,
trabalhando, e, quando não tem o que fazer, ele inventa, porque ele vive abaixo
de adrenalina, sempre; trabalha pelo povo, trabalha pela comunidade e trabalha
por Porto Alegre. Então eu venho aqui, Ver. Adeli Sell, dizer que V. Exa
também é um Vereador para frente, que pensa na frente, e, certamente, logo ali
na frente, nós nos encontraremos novamente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoo a Emenda nº 12, ao PLE nº 043/08, de
autoria do Ver. Engenheiro Comassetto e da Verª Maria Celeste.
Em
votação o Requerimento de dispensa de envio da Emenda nº 12, ao PLE nº 043/08,
à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
as Emendas nºs 03 e 04, ambas de autoria do Ver. Beto Moesch e João
Antonio Dib; a nº 05, de autoria dos Vereadores Engenheiro
Comassetto e Pedro Ruas; as de nºs 06 e 07 de autoria dos
Vereadores Engenheiro Comassetto e Airto Ferronato; as de nºs 08 e
09, de autoria dos Vereadores Engenheiro Comassetto e Maria Celeste; a nº 10,
de autoria dos Vereadores Engenheiro Comassetto e Waldir Canal; a nº 11, de
autoria dos Vereadores Toni Proença, Engenheiro
Comassetto, João Antonio Dib, e Pedro Ruas; a nº 12, de autoria dos
Vereadores Engenheiro Comassetto, Toni
Proença, João Antonio Dib, Mauro Zacher e Pedro Ruas, todas ao PLCE nº
006/09.
Em
votação o Requerimento de dispensa do envio das Emenda de nºs 03 a
12, ao PLCE 006/09, à apreciação das Comissões. (Pausa.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu quero me manifestar
contrariamente, porque nós não conhecemos o teor das Emendas. Vossa Excelência
só deu os números das Emendas. Eu acho que, ao menos, teriam de ser
distribuídas cópias dessas Emendas para a Casa ter conhecimento e, depois,
expor ou não da dispensa do envio para...
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Vereador, conforme o hábito da Casa, elas já
estão no sistema e serão devidamente distribuídas.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Não, não, não, Vereador! Eu estou aqui no plenário,
não posso consultar sistema algum! Que história é essa?! Acaba de ler, já está
no plenário, e eu que estou aqui, na tribuna; tenho que saber o que foi
distribuído?!
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Vereador, elas estão devidamente digitadas e
serão colocadas, portanto, on-line no sistema e serão distribuídas como
sempre aqui no plenário, Vereador!
O SR.
REGINALDO PUJOL: Antes de serem distribuídas no plenário, votar a
dispensa...
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Vereador, como sempre, elas são lidas e
distribuídas.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Então, Sr. Presidente, eu peço a palavra para
discutir o Requerimento.
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra
para encaminhar a votação do Requerimento que solicita a dispensa do envio das
Emendas nºs 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 12, ao PLCE nº
006/09 às Comissões.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Requerimento,
aparentemente simples, que o ilustre Presidente está submetendo à Casa diz
respeito à dispensa da ouvida das Comissões, num projeto importante, de cerca
de dez emendas ou mais que foram aqui lidas. Foi lido simplesmente o número de
cada Emenda, e nós ainda fomos informados de que elas serão colocadas on-line
nos nossos computadores e que nós teremos que digitar... Obviamente, Ver.
Haroldo, essa Câmara é muito moderna, mas, na modernidade, ela não pode ir além
do que... Eu não vou dispensar o que eu não tenho conhecimento. Essa proposta
de dispensa poderia muito bem ser submetida dentro de 15, 30 minutos, ou seja
lá o que for, mas não agora. Eu pergunto se alguém aqui, a não ser aqueles que
firmaram, sabem do que tratam essas Emendas que foram colocadas. Então,
dispensar o envio seria uma medida salutar, pelo fato de que nós queremos votar
ainda hoje, mas, ao menos, nos digam o que está sendo proposto, porque, senão,
não será mais preciso que as Comissões examinem. Nós, simplesmente, na hora da
votação, vamos pedir dispensa e mandar consultar o computador para tomar
conhecimento do que está sendo dispensado.
Por
isso, Sr. Presidente, eu quero, tranquilamente, dizer que não tenho nenhuma
premonição com relação às Emendas que foram propostas; afinal de contas, todas
elas são de colegas Vereadores, que têm o direito legítimo de apresentá-las.
Antigamente eram dois por Bancada, não sei se continua assim; não sei se as
Emendas apresentadas neste momento, sem a cobertura do Líder, podem prosperar.
Há uma série de coisas que eu deveria ficar sabendo antes de decidir, mas, como
me está sendo sonegada essa possibilidade, eu decido contra o Requerimento que
pede a dispensa do envio às Comissões. Se depender de mim, quero que seja
enviado, no mínimo, a tempo suficiente para que os mortais possam saber o que
está escrito nas Emendas. E entre os mortais, Sr. Presidente, estão pessoas que
não têm essa intimidade com a computação - aliás, pelo que eu sei, não é
exigido para quem concorrer à Vereança e, eventualmente, ser eleito ter
intimidade com a computação. Esse critério não está escrito no nosso Regimento
e não pode permanecer, porque eu não tenho o dom da onipresença, de estar, em
um só tempo, aqui no plenário e lá, pedindo para alguém digitar no computador
as Emendas que, on-line, foram oferecidas a partir deste momento.
Por
isso, Sr. Presidente, por razões fundamentadas, eu, pessoalmente, vou votar
contra o Requerimento que pede a dispensa do envio às Comissões das mais de dez
emendas que foram apresentadas.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Reginaldo Pujol, o Requerimento solicitando dispensa do envio das Emendas de nos
3 a 12 ao PLCE nº 006/09, à apreciação das Comissões. (Pausa.)
(O
Ver. Sebastião Melo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): (Após a apuração
nominal.) REJEITADO por 06 votos SIM e 18 votos NÃO.
Srs.
Líderes de Bancada, por favor, aproximem-se. (Pausa.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Haroldo de Souza
está com a palavra para um Requerimento.
O SR.
HAROLDO DE SOUZA (Requerimento): Nós estendemos mal a
orientação da Líder do Partido dos Trabalhadores, Verª Maria Celeste. Estamos
pedindo desculpas e solicitando, se possível, a renovação da votação do
Requerimento.
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, a Bancada do Partido dos
Trabalhadores e a Bancada do PSOL, sempre dispostas a colaborar com o bom
andamento dos trabalhos desta Casa, aceitam a renovação da votação deste
Requerimento.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Reginaldo Pujol
está com a palavra.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, eu acredito que, devido à
agilidade, já haja condições de nos entregarem a cópia... se não for assim...
Não é teimosia minha, Sr. Presidente. Isso já estaria resolvido há
horas...!
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Reginaldo, eu vou
ler todas as emendas antes de submetê-las à apreciação do Plenário.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Quer dizer que só as que estavam on-line,
que era só apertar um botão, não existem? Se era tão simples assim, por que já
não o fizeram?
O SR.
LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, acredito que não possa ser
simplesmente a renovação de votação...
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Não, é anulação.
O SR.
LUIZ BRAZ: Anulação.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Pujol, caríssimo
Ver. Pujol!
O SR.
REGINALDO PUJOL: Caríssimo Presidente! Não se torne barato querendo
fazer uma agilidade, quando as coisas têm que ser bem feitas.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Caríssimo Vereador,
permita-me dialogar com V. Exa com a grandeza que todos os colegas
aqui merecem. Qual é a regra do jogo? Primeiro, eu quero ratificar a posição de
quem presidia a Sessão, que preside com maestria, que é o Ver. Adeli. Qual é a
regra? Nós não estamos tratando de excepcionalidade; aqui existe jurisprudência
sobre esta matéria contumazmente, ou seja, quantas vezes já se dispensou a ida
de emendas? São centenas, são milhares de emendas que não vão às Comissões
nesta regra. Bom, mas lemos a ementa para não ficar cansativo. De imediato, a
Diretoria Legislativa distribui as Emendas aos Vereadores das Bancadas - essa é
a orientação da Presidência dos trabalhos e foi a orientação do Ver. Adeli.
Então V. Exas não votarão esta matéria sem ter acesso a ela! É
evidente que não! Agora, se V. Exa entender que é necessário, antes
de eu submetê-las à dispensa, fazer a leitura das Emendas, eu atenderei ao seu
Requerimento e farei a leitura de todas as Emendas.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Isso é o mínimo que eu posso esperar de V. Exa,
porque, com toda a confiança que V. Exa, o Ver. Adeli e toda a Mesa
bem merecem, eu não posso simplesmente dispensar de ouvir algo que eu não
conheço. E se, entre as Emendas, houver alguma coisa manifestamente
inconstitucional, manifestamente ilegal, eu vou, por omissão minha, determinar
que não sejam ouvidas as Comissões? Não posso, Sr. Presidente. E V. Exa
e o Ver. Adeli, adeptos do sistema on-line, façam funcionar o sistema on-line!
Se é tão simples assim, emitam as cópias necessárias e entreguem-nas aos
Vereadores! Nem todos os Vereadores têm doutorado em computação! Eu não tenho
um computador comigo, aqui, na sala.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Pujol, não vou
polemizar com V. Exa, mas a sua Bancada tem assessoria, tem
computador, e, portanto, não é difícil sair do gabinete e vir com a Emenda em
meio minuto.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, a nossa intenção, quando
propusemos seis emendas ao Projeto Minha Casa, Minha Vida - como Conselheiro da
Cidade, estamos debatendo isso em nível nacional -, a nossa intenção foi que a
política nacional chegasse mais rapidamente à base. E o pedido que foi feito
para retirar a necessidade de a matéria ir às Comissões foi no sentido de
agilizar, já que o Governo está solicitando urgência para o Projeto. Entendemos
que ele é útil e, simplesmente, por essa razão pedimos... Queríamos, sim,
debater longamente, não há nenhum problema, mas mantemos o Requerimento, para
que ele possa ser tratado, de imediato, pelo Plenário.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, como V. Exa anuncia que
lerá as Emendas; se há meia hora, já tivesse sido feito isso, o assunto estaria
resolvido.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, vamos suspender
a Sessão por alguns minutos, pois estamos aguardando o envio das Emendas, que
estão no Setor de Mimeografia para serem xerocadas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h36min.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 15h38min): Estão reabertos os trabalhos.
Passarei
à leitura das Emendas. Emenda nº 01, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, ao PLCE
nº 006/09 (Lê.): “Altera o caput do art. 12 do PLCE nº 006/09 [Projeto
Minha Casa, Minha Vida] Art. 12 Nos casos de desmembramento, na aprovação dos
projetos para empreendimentos classificados nos incisos I e II do art. 3º, o
Município poderá dispensar ou reduzir o percentual de área destinada a
equipamento comunitário previsto no art. 11, considerando a suficiência de
equipamentos no entorno do empreendimento.”
Peço
silêncio ao Plenário para que eu não tenha que ler pela segunda vez as Emendas.
Farei uma única leitura.
Emenda
nº 02, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro (Lê.): “Suprime o § 2º do art. 12 do
Projeto de Lei Complementar nº 006/09.”
Emenda
nº 03, de autoria do Ver. Beto Moesch (Lê.) “Institui o Programa Minha Casa,
Minha Vida...” “Insere o artigo no Capítulo IV - Disposições Finais, nos
seguintes termos: ‘As habitações voltadas à moradia popular construídas em
Porto Alegre serão inseridas no Programa de Conservação, Uso Racional e
Reaproveitamento das Águas’.”
Emenda
nº 04, de autoria do Ver. Beto Moesch (Lê.) “Insere artigo no Capítulo IV -
Disposições Finais, nos seguintes termos: ‘As habitações voltadas à moradia
popular construídas em Porto Alegre serão dotadas de sistemas de energia solar
para aquecimento de água’.’’
Emenda
nº 05, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto (Lê.) “Inclui Art. 11,
renumerando os demais: ‘A isenção do pagamento de Imposto Sobre Serviço de
Qualquer Natureza - ISSQN - será concedida para a prestação de serviços
relacionados à produção de empreendimentos habitacionais de interesse social
deste programa’.” Também assinada pelo Ver. Pedro Ruas e Verª Fernanda
Melchionna.
Emenda
nº 06, assinada pelos Vereadores Airto Ferronato e Engenheiro Comassetto (Lê.)
“Inclui o art. 12, renumerando os demais: A isenção do pagamento do Imposto
sobre a Transmissão ‘Inter-Vivos’, por Ato Oneroso, de Bens Imóveis e de
Direitos Reais a eles Relativos - ITBI - será concedida aos imóveis utilizados
no Programa de Incentivo à Produção de Empreendimentos Habitacionais de
Interesse Social deste Programa.”
Emenda
nº 07, assinada pelos Vereadores Airto Ferronato e Engenheiro Comassetto (Lê.):
“Inclui Art. no Capítulo III a seguinte redação: ‘A utilização indevida dos
benefícios concedidos por esta Lei sujeitará o responsável às seguintes
penalidades:
I -
exclusão do Programa de Incentivo à Produção de Empreendimentos Habitacionais
de Interesse Social;
II -
pagamento dos impostos devidos; e
III -
multa de 2.500 (duas mil e quinhentas) UFMs (Unidades Financeiras Municipais),
cujo valor será revertido para fundo municipal de habitação de interesse
social’.”
Emenda
nº 08 ao PLCE nº 006/09, de autoria da Verª Maria Celeste e do Ver. Engenheiro
Comassetto (Lê.) “Parágrafo único ao atual Art. 10: ‘A isenção do pagamento do
Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU - será concedida
pelo período em que durar a execução de empreendimentos habitacionais de
interesse social’.”
Emenda
nº 09 ao PLCE 006/09, de autoria da Verª Maria Celeste e do Ver. Engenheiro
Comassetto (Lê.): “Inclui Art. 13, renumerando os demais:‘A aprovação e o
licenciamento dos empreendimentos habitacionais de interesse social abrangidos
no Programa serão isentos do pagamento de taxas relacionadas com a Vistoria,
com a emissão de Declaração Municipal (DM), de Carta de Habitação e de
Licenciamento Ambiental e com a aprovação de Estudo de Viabilidade Urbanística
(EVU) e do Projeto Arquitetônico e projetos complementares, e demais taxas
relacionadas’.”
Emenda
nº 10 ao PLCE nº 006/09, de autoria dos Vereadores Engenheiro Comassetto e
Waldir Canal. (Lê.): “Art. 2º - Parágrafo único: ‘O Programa deverá atender à
demanda habitacional prioritária por regiões de planejamento (RP) conforme Lei
nº 434, identificando áreas, prioritariamente nas próprias RPs’.’’ Assinam
Vereadores Engenheiro Comassetto e Waldir Canal.
Emenda
nº 11, ao PLCE nº 006/09, de autoria dos Vereadores Engenheiro Comassetto, Toni
Proença, Pedro Ruas e outros (Lê.): “Inclui no Art. 15 do Projeto a seguinte
redação: ‘O programa deverá promover o desenvolvimento econômico, social e
ambiental das comunidades onde serão construídas as habitações e para tanto,
deverá utilizar prioritariamente mão de obra local para construção das unidades
habitacionais. Parágrafo primeiro: A mão de obra poderá ser através de mutirão
ou da contratação de cooperativas de trabalho que ofereçam esta mão de obra com
a devida qualificação. Parágrafo segundo: Serão admitidos comércios unifamiliares,
considerados de apoio ao projeto habitacional, vinculados à edificação’.”
Emenda nº 12, ao PLCE nº 006/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, Ver. Toni Proença, Ver. Pedro Ruas, Verª Fernanda Melchionna e Vereadores do PDT (Lê.): “Inclui Art. no capítulo das Disposições Finais com a seguinte redação: ‘Será dada prioridade ao uso de materiais reciclados que atendam às especificações e normas de qualidade, na construção das unidades habitacionais e na pavimentação de vias urbanas, especialmente os blocos de concreto para as referidas construções’.”
Havendo
acordo das Lideranças, eu determino a anulação da votação anterior.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, o Requerimento, de
autoria do Ver. Beto Moesch, que solicita dispensa do envio às Comissões das
Emendas nº 03 e nº 04 ao PLCE nº 006/09, e o Requerimento, de autoria do Ver.
Engenheiro Comassetto, que solicita dispensa do envio às Comissões das Emendas
nºs 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 12, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADOS por 28 votos SIM.
O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, há algum tempo, se iniciou o processo de discussão em torno do
cumprimento de normas regimentais que clareassem, de forma plena, o que os
integrantes da Casa estão votando, estavam votando e votaram agora, em uma
votação renovada em função da anulação da anterior, com a qual nós concordamos,
ainda que não houvesse, naquela anterior, nenhum motivo de anulação, mas,
politicamente e convenientemente para a Casa, convinha ela ser anulada, para
que nós tivéssemos uma oportunidade de demonstrar, com toda a clareza, Ver. Dr.
Raul, que nós não éramos contra o Ver. Beto Moesch, contra o não envio das
matérias às Comissões. Nós tão somente queríamos saber, num direito legítimo,
num ato de responsabilidade no exame das nossas ações aqui na Casa, qual era o
conteúdo da matéria, cuja audiência das Comissões nós estávamos abrindo mão
naquela hora.
Por isso, Sr. Presidente, fico com pouco tempo para fazer exatamente o que eu pretendia, quando me dirigi à tribuna anteriormente. E procurarei, então, num grande poder de síntese, dizer algumas coisas que eu julgo muito importante serem ditas pelo Líder do Democratas, nesta Casa, no dia de hoje. A primeira, e fundamental é que nós, especialmente os do Democratas do Rio Grande do Sul, não transigiremos com a moralidade pública de que, esgotada a possibilidade do direito de defesa do Governador de Brasília, a nossa representação política irá propor, como efetivamente está propondo, a sua exclusão dos quadros partidários. Os atos até aqui divulgados, se não merecerem um esclarecimento extremamente convincente, não poderão gerar de nós outra posição senão a de coerência com as posições que temos assumido em outras circunstâncias. Não satisfeitos os nossos dirigentes partidários com as explicações que, no curso dos próximos oito dias, serão propiciados ao Governador de Brasília, se não forem satisfatórias, repito, amplamente satisfatórias, que se mantenha a proposta da representação do Rio Grande do Sul, que é para a exclusão dos quadros partidários do referido Governador.
De
outro lado, Sr. Presidente, e ainda procurando exercitar o poder de síntese, eu
estava, na ocasião, inclusive, com o Regimento da Casa em mãos, até para
cumprimentá-lo pelo procedimento adequado, como eu entendo, com relação ao
pedido de comissão de representação formulada com base no art. 78, de que tem
de haver um procedimento na Casa e um encaminhamento exatamente como V. Exa
determinou.
Ao
contrário do que alguns pensam, que poderiam entender por interpretação
expressa no Regimento em outras ocasiões, à Presidência cabe designar os
integrantes desta Comissão, ouvindo as Lideranças. Só nesse momento é que,
efetivamente, ela irá ser constituída e começará a cumprir as tarefas que
teriam de ser limitadas, objetivo da sua constituição nos termos do Regimento.
Por
isso, Sr. Presidente, eu não me arrependo sequer de ter provocado esse
retardamento aqui na Casa, porque a pressa é inimiga da perfeição. E tudo o que
se faz açodadamente, na busca de um resultado positivo, com muita frequência,
pode comprometer o Projeto, e eu não gostaria que esse Projeto que eu apoio
pudesse ser comprometido pelo não cumprimento de uma norma regimental que eu
acho que a tecnologia moderna não vai superar e tampouco torná-la ineficiente e
ineficaz. Era isso, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PEDRO RUAS (Requerimento): Sr. Presidente, a Capital e o Estado foram
sacudidos, do ponto de vista mais negativo possível, com a notícia do homicídio
envolvendo o Presidente da Associação de Moradores da Vila Chocolatão. Estive
ontem no velório do Sr. Léo Maciel, e o meu Requerimento a V. Exa é
que se faça um minuto de silêncio pela morte desse líder comunitário.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Ver. Pedro Ruas,
deferimos o pedido, reconhecemos nele uma figura que muito contribuiu com esta
Cidade.
(Faz-se
um minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Dr. Thiago está
com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR.
DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, a boa prática política recomenda cautela, e essa cautela deve ser
utilizada na situação colocada aqui com relação ao Pisa, Projeto Integrado
Socioambiental de Porto Alegre. Por que cautela? Hoje, ao abrirmos os jornais,
observamos algumas incongruências. Ao ser ouvido sobre a situação, o Delegado
da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, afirmou (Lê.): “Nenhum dos 16 inquéritos
da Operação Solidária cita o nome do Prefeito de Porto Alegre José Fogaça
[nenhum dos 16 inquéritos da Operação Solidária, nenhum cita] ou obras
executadas na Capital que tenham algum indício de desvio de recursos.” Isso
quem está dizendo não é um Vereador da base do Governo, é o Delegado da Polícia
Federal, Ildo Gasparetto. Palavras literais dele (Lê.): “Não há citação do nome
do Prefeito Fogaça nem de irregularidades em obras em Porto Alegre na
investigação. A Operação Solidária apurou irregularidades ocorridas nas
prefeituras da Região Metropolitana.” Conforme o jornal O Sul, nessa mesma
reportagem, diz (Lê.): “A declaração contradiz frontalmente as informações
divulgadas segunda-feira pela Presidenta da CPI da Corrupção na Assembleia
Legislativa, Deputada Stela Farias. Conforme Stela, entre as obras que teriam
sido fraudadas e estão sob investigação da PF está o Pisa.”
A
Deputada cita a Polícia Federal como sede das informações, e a Polícia Federal
diz que não tem nada. E aí uma coisa que me preocupa ainda mais é a notícia dos
jornais (Lê.): “A Bancada do PT, na Câmara Municipal de Porto Alegre, deve
decidir, na manhã de hoje, os encaminhamentos sobre a abertura da CPI para
investigar os contratos do Pisa.” Exatamente como foi colocado aqui pelo Ver.
Dib e como, até inconscientemente, foi colocado aqui pela Verª Maria Celeste.
Então, o objetivo real é a CPI, sim. E o mais preocupante dessa situação toda
(Lê.): “Os Vereadores petistas terão uma reunião com os deputados do Partido
que integram a CPI da Corrupção, Stela Farias e Daniel Bordignon”. Aí eu não
entendo mais nada!
A
melhor frase da semana - eu sou colorado; o Pancinha é colorado -, Ver.
Brasinha, foi a do Presidente do Grêmio, que disse o seguinte (Lê.): “Ninguém
vai escalar o Grêmio; quem escala o Grêmio é o próprio Grêmio!” Eu acho que
essa regra tem que valer para esta Casa! Quem pauta esta Casa são os Vereadores
desta Casa e a Cidade, não os deputados federais e estaduais, e, para isso, a
Deputada Stela Farias deveria concorrer a Vereadora, para poder pautar a cidade
de Porto Alegre. Quero ser bem claro com relação a isso e dizer que o Pisa não
começou na gestão José Fogaça; começou na gestão anterior, mas, realmente - e
isso dói no cotovelo -, está sendo implementado pela gestão José Fogaça.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Solicito a abertura do
painel para verificação de quórum. (Pausa.) (Após a verificação de quórum.)
Havendo quórum. Passamos à
Srs.
Vereadores, vou traduzir o que combinamos hoje na reunião de Mesa e Lideranças;
com certeza, todos os Líderes repassaram o assunto aos seus liderados, mas
compete à Presidência contribuir com a facilidade dos trabalhos: votaremos,
inicialmente, um título de cidadão; depois, duas comendas e, depois, um bloco
de nome de ruas; após, suspenderemos os trabalhos da Sessão para que possamos
fazer o Parecer conjunto, envolvendo mudanças no Regimento da Casa, cujas
emendas, que foram de última hora, estão sendo distribuídas. Informo que o
Relator desta matéria é o Ver. Luiz Braz.
Após isso, nós retomaremos o Projeto relativo ao Programa Minha Casa, Minha Vida e também os projetos integrados do gerenciamento de resíduo da construção civil; depois, teremos ainda a votação de um Projeto de autoria do Ver. Luiz Braz e, também, do Executivo, mudança na Lei nº 6.253; após, teremos um Projeto de autoria do Ver. Dr. Raul e, depois, um outro Projeto de autoria do Ver. Nelcir Tessaro. Portanto, temos uma longa agenda de trabalho.
Apregoo
o Requerimento de destaque, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, das
Emendas nºs 05, 06, 07, 08, 09, 10, 11 e 12, todas ao PLCE nº
006/09.
Requerimento
de destaque, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, das Emendas de nºs
01 e 02 ao PLE nº 043/08.
Requerimento
de destaque, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, das Emendas de nºs
3, 5 e 10 ao PLE nº 043/08.
Todas,
devidamente deferidas, serão votadas aparteadas.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, um
esclarecimento: pelo visto, todas as Emendas estão destacadas; ou falta alguma?
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Eu não sei lhe responder
se todas as Emendas foram destacadas. Eu acho que não todas. Só as Emendas de
nºs 01, 02, 03 e 04 não foram destacadas. As demais, todas,
foram.
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Então eu peço destaque
para as Emendas nºs 02, 03 e 04.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): V. Exa assina
o Requerimento?
O SR.
REGINALDO PUJOL: Assino.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Discussão geral e
votação do PLL nº 137/09, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o Título
Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Carlos Alberto de Souza Macedo.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3186/09 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 137/09, de autoria do Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão
de Porto Alegre ao Senhor Carlos Alberto Souza Macedo.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº
137/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº
137/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 29 votos SIM;
nenhum voto contrário.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5146/08 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 045/08, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre à
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. João Carlos Nedel: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PR nº
045/08. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2492/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 017/09, de autoria do Ver. Elias Vidal, que concede a
Comenda Porto do Sol à Larissa Maciel Kumer.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 4178/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 035/09, de autoria do Ver. João Pancinha, que concede a
Comenda Porto do Sol ao Instituto do Câncer Infantil do Rio Grande do Sul.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão, em bloco,
o PR nº 017/09 e o PR nº 035/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação o bloco formado pelo PR nº 017/09 e PR nº 035/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3023/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 130/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Soely Nunes Rosa o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 7301,
localizado no Bairro Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. João Pancinha: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Fernanda Melchionna: pela rejeição do Projeto.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3154/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 135/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Olmiro Jacques da Rosa o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
7304, localizado no Bairro Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Waldir Canal: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela rejeição do Projeto.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3155/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 136/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Sabino Pereira Nunes o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
7305, localizado no Bairro Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. João Pancinha: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela rejeição do Projeto.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3384/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 145/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Irmão Elvo Clemente, nome religioso de Antônio João Silvestre Mottin, o
logradouro público cadastrado conhecido como Rua 7016.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Waldir Canal: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3454/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 150/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Sezefredo Nunes o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 7302,
localizado no Bairro Restinga.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Nelcir Tessaro: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 1623/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 064/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Maracujá o logradouro público cadastrado, conhecido como Rua 6466 –
Loteamento Altos do Santa Rita –, localizado no Bairro Hípica.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Waldir
Canal: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Haroldo de
Souza: pela rejeição do Projeto.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1772/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 070/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Ewaldo Spellmeier o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 6437 –
Loteamento Altos do Santa Rita –, localizado no Bairro Hípica.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Verª Sofia
Cavedon: pela rejeição do Projeto.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 2545/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/09, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina
Rua Paulo Renato Ketzer de Souza o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 3138 – Loteamento Residencial São Francisco –, localizado no Bairro Rubem
Berta.
Pareceres:
-
da CCJ. Relatora Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Waldir Canal: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o bloco de
Projetos que denominam vários nomes de ruas. Compõem este bloco os seguintes
Projetos: PLL nº 130/09 - que denomina Rua Soely Nunes Rosa o logradouro
público cadastrado conhecido como Rua 7.301, localizado no bairro Restinga; PLL
nº 135/09, que denomina Rua Olmiro Jacques da Rosa o logradouro público
cadastrado conhecido como Rua 7.304, localizado no bairro Restinga; PLL nº
136/09, que denomina Rua Sabino Pereira Nunes o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua 7.305, localizado no bairro Restinga; PLL n° 145/09, que
denomina Rua Irmão Elvo Clemente, nome religioso de Antônio João Silvestre
Mottin, o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 7.016; PLL nº
150/09, que denomina Rua Sezefredo Nunes o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua 7.302, localizado no bairro Restinga; PLL nº 064/09, que denomina Rua Maracujá o logradouro público
cadastrado conhecido como Rua 6.466, Loteamento Altos do Santa Rita, localizado
no bairro Hípica; PLL nº 070/09, que
denomina Rua Ewaldo Spellmeier o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 6.437, Loteamento Altos do Santa Rita, localizado no bairro Hípica; PLL nº 107/09, que denomina Rua Paulo Renato
Ketzer de Souza o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 3.138,
Loteamento Residencial São Francisco, localizado no bairro Rubem Berta.
Todos
esses projetos são de autoria do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Não havendo
quem queira discutir. Em votação o bloco de Projetos que acabo de citar.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO
com os votos contrários da Verª Sofia Cavedon, da Verª Fernanda Melchionna,
da Verª Maria Celeste e do Ver. Pedro Ruas.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, eu tenho certeza de que os
nossos quatro votos contrários não se constituem em nenhum desabono aos
homenageados. A nossa única precaução é não votar favoravelmente, porque não
conhecemos a opinião dos moradores, pois são ruas cadastradas, e, portanto, não
há abaixo assinado. Então estamos, por precaução, votando contrariamente.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço o seu registro.
Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que solicita destaque das
Emendas nºs 1 e nº 2 ao PLCE nº 006/09.
Apregoamos
a Emenda nº 13, de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda Melchionna, ao
PLCE nº 006/09, cujo teor é o seguinte (Lê.): “Acrescenta § 3º ao art. 5º do
Capítulo II. Em caso de empate entre famílias inscritas no programa serão
priorizadas as famílias chefiadas por mulheres. Persistindo o empate, será
realizado sorteio entre os inscritos no programa, respeitando os três critérios
de classificação e os critérios dos beneficiários. Justificativa: da tribuna.”
E solicita dispensa do envio às Comissões.
Em
votação o Requerimento que solicita dispensa do envio à apreciação das
Comissões da Emenda nº 13, de autoria do Ver. Pedro Ruas e da Verª Fernanda
Melchionna, ao PLCE nº 006/09. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h09min.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo – às 16h30min): Estão reabertos os
trabalhos.
O Ver.
Luiz Braz está com a palavra para um Requerimento.
O SR.
LUIZ BRAZ (Requerimento): Sr. Presidente, estive conversando com
algumas Lideranças. Se não houver quem queira discutir, eu requeiro que o PLL
nº 147/09 seja votado agora, para corrigirmos um problema criado por uma
legislação proposta por este Vereador no início do ano.
O SR.
PRESIDENTE (Luiz Braz): Em votação o Requerimento do Ver. Luiz Braz,
para passarmos, de imediato, à discussão do PLL nº 147/09 e, após, seguirmos a
ordem normal dos trabalhos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3447/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/09, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera os incs. I,
II e III e o § 1º do art. 36 da Lei nº 10.605, de 29 de dezembro de 2008,
alterada pela Lei nº 10.663, de 1º de abril de 2009, dispondo sobre a
padronização das bancas do comércio ambulante de jornais e revistas.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLL nº 147/09. (Pausa.) Não
há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com abstenção dos Vereadores da
Bancada do PSOL.
Srs.
Vereadores, eu faço, mais uma vez, um apelo: estamos num processo de votação de
uma agenda definida pela Mesa e Lideranças; os senhores têm o Expediente em
suas mesas. Se houver alguma dúvida, vamos dirimi-la, não há problema nenhum.
Dr.
Luiz Afonso, distribua, por favor, a ordem dos trabalhos aos Vereadores que
ainda não as têm, para contribuir com os trabalhos.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 5045/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO
Nº 006/09, que institui o
Programa Minha Casa, Minha Vida/Porto Alegre, com o objetivo de viabilizar as
construções de habitações populares previstas na Lei Federal nº 11.977, de 7 de
julho de 2009 (Minha Casa, Minha Vida), altera a Lei Complementar nº 548, de 24
de abril de 2006, e revoga a Lei Complementar nº 619, de 10 de junho de 2009. Com Emendas nos 01 a 12.
Parecer
Conjunto:
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e CEDECONDH. Relator-Geral
Ver. Nelcir Tessaro: pela
aprovação do Projeto e das Emendas nos 01 e 02.
Observação:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o PLCE nº 006/09, com Emendas
de nºs 01 a 13. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para
discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
PEDRO RUAS: Ilustre Ver. Sebastião Melo, que preside a Casa e a
Sessão; Vereadoras, Vereadores, na verdade, aproveito este período de discussão
e falo em meu nome e no da Verª Fernanda Melchionna também, com relação à
última Emenda que deu entrada na Casa, Vereador-Presidente Sebastião Melo. O
que nós pretendemos é algo que, durante muitos anos, foi a luta de mulheres e
homens que conhecem a realidade nacional, que não é diferente da realidade
local, ou seja, que nós temos um contingente muito grande, e que já é maioria
na periferia de Porto Alegre, da nossa Capital, de mulheres que são o único
adulto da casa. Ou seja, pelos critérios utilizados em 1996, esse único adulto
seria a única pessoa com mais de 14 anos na casa. E nós temos um percentual
elevadíssimo de famílias, principalmente na periferia, onde esta é a realidade:
o único adulto da casa é uma mulher, que consequentemente, pelos padrões da
habitação, é considerada a chefe da família.
O que
pretende a Emenda do PSOL? Que, no caso de haver a concordância nos critérios,
no caso de haver uma escolha, que tenha prioridade o lar cujo chefe é uma
mulher. Portanto o fato é baseado em uma realidade comprovada estatisticamente,
em cima de uma realidade demonstrada em vários setores da nossa vida social,
desde a questão dos salários - o salário das mulheres continuam inferiores aos
dos homens -, desde a questão das oportunidades em geral, Ver. Pujol, e que, no
momento em que houver necessidade de escolha, há que haver algum critério. Nós
esperamos que esse critério beneficie justamente a parte, via de regra,
hiposuficiente, que é a mulher chefe de família.
Por
isso, a nossa Emenda, Vereadoras e Vereadores, traduz uma demanda que é da
sociedade - não só porto-alegrense, mas, no nosso caso, obviamente é, porque a
legislação vale exclusivamente para a Capital - e que sirva de exemplo para
outras localidades onde este tipo de projeto seja implementado. Aqui em Porto
Alegre, que já deu vários exemplos de vanguarda ao longo da história, que se
demonstre o respeito e o reconhecimento pela luta dessas mulheres, com duas,
três jornadas a cada dia, que têm que ter, pelo menos por parte do Poder Público,
este reconhecimento na escolha da casa do Projeto Federal e Municipal.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Aldacir José
Oliboni está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Sebastião Melo; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras; público que acompanha a Sessão no dia
de hoje, o Governo Federal lançou, há pouco tempo - todos nós sabemos, Ver. DJ
Cassiá -, o Programa Minha Casa, Minha Vida. A ideia seria beneficiar um milhão
de pessoas, um milhão de pessoas!
Nós sabemos que mais de 7,2 milhões de pessoas teriam necessidade de entrar neste Programa e que este percentual chegaria a 14% da população brasileira. Nós percebemos que, em Porto Alegre, está muito lento, Ver. Tessaro, pois, dos 36 Projetos apresentados aqui, no Município de Porto Alegre, se não me engano, foi aprovado, até então, um Projeto na Restinga, de 300 casas, e os outros ainda dependem de licença ambiental e de uma série de outras coisas, e, por sua vez, este Projeto de Lei vai facilitar ou agilizar a implementação deste Programa.
Ora,
nós percebemos que, somente em Porto Alegre, mais de 40 mil pessoas, Ver. Nilo,
se inscreveram para o Programa Minha Casa, Minha Vida. E se nós conseguimos
aprovar um ou dois Projeto apenas, dos 36 que estão para ser executados, alguma
coisa está acontecendo, até porque, no primeiro dia, Ver. DJ - V. Exa
estava presente conosco na Prefeitura -, a Caixa Econômica Federal dizia que
pretende liberar - se depender dela - 10 mil moradias/ano, 10 mil moradias, no
mínimo, por ano; mas, até agora, infelizmente, em Porto Alegre, não foram
liberadas 500 moradias! E nós temos 40 mil inscritos, com a possibilidade de
contemplar - afirmado pela Caixa Econômica Federal - 10 mil moradias/ano!
Alguma coisa está acontecendo! E nós, com certeza, não só estaremos aqui
votando a favor deste Projeto, mas também estamos, mais do que isso, dizendo
que, se para este tipo de Projeto, de inclusão, há mais de 40 mil famílias
inscritas somente na faixa de zero a três salários mínimos, uma vez que o
Programa vai liberar para até dez salários mínimos - um milhão de famílias -,
Porto Alegre está muito atrasada.
Porto
Alegre aprovou, Ver. Brasinha, um Projeto, na Restinga, de 300 moradias. A
Caixa Econômica quer fazer - acabei de falar aqui - no mínimo, 10 mil/anual,
mas a burocracia está impedindo que essas famílias tenham acesso à sua
dignidade, porque moradia significa uma melhor qualidade de vida, mais saúde e,
mais do que isso, dignidade, através daquilo que nós pagamos, que são os
impostos que devem ser revertidos à população.
Então,
esses milhares de famílias inscritas, deverão ser contemplados neste Programa,
mas, pelo que se percebe, isso está muito lento. Na medida em que nós temos
financiamento garantido pelo Governo Federal, através da Caixa Econômica
Federal, nós, Vereadores, como Legislativo, temos que possibilitar, facilitar
este Projeto de implementação; por isso algumas isenções nas Emendas que foram
apresentadas; por isso algumas facilitações, porque esses cidadãos, também
aqueles empreendedores que abraçarão esses projetos, não terão grandes lucros,
são casas, são moradias populares que, inclusive, são subsidiadas, Ver. Adeli,
pelo Governo; é um valor em torno de 18 a 20 mil reais para cada moradia, sem
retorno. Isto é, o Governo está pagando para o cidadão adquirir a sua casa
própria através do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Então,
com certeza, temos de facilitar esses programas de inclusão, fazendo com que o
Governo seja mais rápido, até porque as instituições federais, neste momento,
estão com boa vontade, e nós não podemos perder este grande momento de
possibilitar acesso à população, o mais rápido possível, a essas casas.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): A Verª Maria Celeste
está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
A SRA.
MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, este Projeto Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, que, neste
momento, está sendo discutido, e vem como priorização de Projeto de Lei na
Câmara Municipal de Porto Alegre, é um Programa extremamente significativo para
as famílias que desejam ver reconhecido um direito garantido na Constituição
Federal, que é o da moradia.
Nós estamos aqui acompanhando, rigorosamente, o Projeto, que traz algumas alterações das Leis Complementares aprovadas em 2006 e 2009, nesta Casa, justamente fazendo adequações para que o Projeto seja, efetivamente, implantado na cidade de Porto Alegre.
É
importante dizer que há necessidade de implantarmos, rapidamente, como disse o
Ver. Oliboni, este Projeto, este Programa, na cidade de Porto Alegre. Meio
milhão de novas moradias estão previstas para o Estado do Rio Grande do Sul,
que já deveriam, efetivamente, estar no processo de construção dos loteamentos
na Cidade, para suprir o déficit habitacional do porto-alegrense.
Por
outro lado, estamos verificando as Emendas que foram apresentadas, e temos
alguns acordos de aprovação de algumas e outros questionamentos que nos
preocupam.
Por
exemplo, a Emenda nº 01, do Ver. Tessaro - depois, seria importante a
explicação do Vereador -, reduz o percentual de área destinada a equipamento
comunitário previsto no corpo do Projeto, especialmente no artigo 11. Nós
entendemos, Vereador, e temos esta preocupação, que uma das grandes carências
no nosso Município, especialmente nas vilas, e não podemos reproduzir nos
loteamentos regulares que estarão sendo disponibilizados por este programa, uma
das grandes dificuldades são os espaços de lazer e espaços comunitários que nós
precisamos para o desenvolvimento e para a sociabilidade das crianças e dos
adolescentes, das pessoas que vivem em determinadas vilas da nossa Cidade. Nós
percebemos, por exemplo, lá na vila Santa Rosa, no meio de uma vila daquelas,
por várias vezes, crianças, adolescentes, jogando futebol no meio da rua,
porque sequer há uma praça, sequer há um equipamento comunitário para o lazer,
para o divertimento dessas crianças nas vilas da nossa Cidade, e, portanto,
reduzir, através da sua Emenda, a possibilidade desses espaços me parece
equivocado, mas eu gostaria de ouvir V. Exa, que é conhecedor desse
tema, certamente, muito mais do que esta Vereadora, que tem uma preocupação
pela manutenção dos espaços comunitários na nossa Cidade.
Também as Emendas do Ver. Beto Moesch, nós entendemos ser extremamente pertinentes, porque trazem uma preocupação não só com a inclusão social, mas também com a sustentabilidade construtiva em imóveis. Há uma preocupação, também, com a questão do sistema de energia solar, para o aquecimento de água, nesses empreendimentos. Então, a sustentabilidade necessária o Vereador resgata através das suas Emendas, assim como as preocupações do Ver. Comassetto, que traduz, nas Emendas, a questão do ISSQN, da isenção de pagamento para transmissão intervivos; são várias Emendas com esse teor.
Agora,
também é extremamente importante apontar a preocupação da Emenda nº 13, a
Emenda do PSOL, que traz, na sua característica, Ver. Pedro Ruas, uma discussão
extremamente pertinente e necessária, que é a questão da igualdade e,
sobretudo, de um problema que nós enfrentamos nas famílias brasileiras. Nós
sabemos que 30% das famílias, especialmente da Cidade de Porto Alegre, são
compostas por mulheres chefes de família. Portanto, esta Emenda que o senhor
traz evidencia um critério que já é do Programa, privilegiar as mulheres chefes
de família, também, no critério do desempate; há necessidade de ter, sim, um
privilégio, digamos assim, uma preferência para as mulheres chefes de família em
detrimento de outras famílias. Portanto, esta preocupação que os senhores
trazem é extremamente pertinente, e votaremos, sim, favoravelmente a esta
Emenda e às demais que nós aqui levantamos com parecer favorável. Obrigada, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Eu quero cumprimentar o Ver. Nelcir Tessaro,
que esteve de aniversário no dia 27 de novembro, e a Mesa Diretora ainda não
havia tido a oportunidade de passar a ele um cartão artístico. Eu queria que
todos recebessem, com uma salva de palmas, o Ver. Nelcir Tessaro.
(Palmas.)
(O Sr.
Nelcir Tessaro recebe o cartão de felicitações.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Beto Moesch está com a palavra para
discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
BETO MOESCH: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras
Vereadoras; Srs. Vereadores, eu gostaria de fazer uma análise não só sobre o
Projeto de Lei em si, mas também sobre a concepção deste Programa, o maior
programa dos últimos anos de habitação popular.
Ver.
João Antonio Dib, eu aprendi com o meu pai a importância do velho BNH - Banco
Nacional de Habitação. Nós não podemos deixar de reconhecer, Ver. Tarciso, que,
durante um período - e o Ver. Pujol participou, também, desse processo -, a
aquisição de casa própria era muito mais facilitada, porque havia o BNH. E, por
diversas razões, que não me cabe aqui colocar, não só se extinguiu o BNH como
não houve, até o presente momento, com o Programa Minha Casa, Minha Vida, uma
política habitacional, política mesmo, no Brasil, para as camadas populares,
para as pessoas com menos condições financeiras. Claro que habitações populares
aqui e acolá ocorreram e ocorrem, mas não houve uma política, precisamente
falando. No momento em que se institui, em nível nacional, o Programa Minha
Casa, Minha Vida, que necessita, para ser executado, dos Estados, dos
Municípios e das empresas, nós temos que saudar essa ação no sentido de que
estamos retornando, estamos voltando a ter uma política habitacional para as
camadas de baixa renda. Posso dizer - e todos, com certeza, concordam, porque
isso é por demais debatido aqui nesta Casa há muitos e muitos anos - que o
maior problema socioambiental do País, Ver. Pedro Ruas, são justamente as
ocupações irregulares, porque, não havendo política habitacional, as pessoas,
muitas vezes, em desespero, passam a habitar locais totalmente indevidos do
ponto de vista não apenas natural, mas humano, porque esses lugares se
transformam, inclusive, em áreas de risco: topos de morros, encostas, beira de
recursos hídricos; é a maior chaga socioambiental do País, e a nossa Cidade,
Porto Alegre, não foge à regra, muito antes pelo contrário. Nós temos uma das
regiões metropolitanas, proporcionalmente ao número de habitantes, que maior
déficit habitacional têm. Todavia, o que nós passamos também a aprender - vejam
que eu estou falando, portanto, em outras palavras - que, para ter política
ambiental, nós precisamos de política habitacional.
Hoje
também se sabe, Ver. Toni Proença, que não basta erguer casas e colocar pessoas
lá dentro para morar; tão necessário quanto as casas, Ver. Haroldo de Souza, é
o acompanhamento dessas pessoas em termos de inclusão social, ou seja,
alfabetização, educação, creches, acesso ao trabalho e a rendas,
acessibilidade, praças, arborização, obviamente que água, esgoto, e assim por
diante. E daí, este Programa Minha Casa, Minha Vida, que vem com esse
princípio, mostra a complexidade, ao mesmo tempo, Ver. Luiz Braz, para ser
implantado. Portanto, somente a união de todos, a sensibilidade de todos, dos
entes e das pessoas, é que nós vamos realmente conseguir dar às pessoas
qualidade de vida, o que passa pela habitação, mas é muito mais do que isso.
Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Nelcir Tessaro está com a palavra para
discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
NELCIR TESSARO: Sr. Presidente; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores; público que nos assiste, venho a esta tribuna para explicar as
minhas duas Emendas e também para falar um pouco sobre este Projeto.
Eu
quero dizer à Verª Maria Celeste, que me perguntou a respeito das Emendas nºs
01 e 02, que, na Emenda nº 01, eu estou trazendo o benefício também para as
famílias com renda até seis salários mínimos, pois o Governo destina a
flexibilização dos equipamentos comunitários somente para quem ganha até três
salários mínimos. Eu entendo que famílias que ganham até seis salários mínimos
têm que ser beneficiadas também. Ali eu estou estendendo o benefício.
Quanto
ao art. 12, eu quero esclarecer que não estou retirando os equipamentos
comunitários, e sim relatando que, hoje, um projeto habitacional é específico
apenas para condomínios com até 22.500m² ou 23.000m², que serão beneficiados
com a não doação de 18% de área quando houver no seu entorno equipamentos
comunitários suficientes. Eu estou ampliando o tamanho para loteamento também,
desde que o loteamento possa ter 40m² ou 50m², de acordo com a necessidade da
região; se houver equipamentos comunitários, que não haja a obrigatoriedade da
doação e, assim, facilitar a construção de mais unidades habitacionais.
Eu entendo isso, porque nós temos a Praça México, no Jardim Leopoldina, que é uma vasta praça, onde temos praticamente 4 hectares, e nós temos, no entorno, outras doações que estão lá, terrenos abandonados que não estão sendo utilizados para equipamentos comunitários, praças, etc. Então, não é a isenção; é apenas a retirada da obrigatoriedade, onde a SMAM e o Município entenderem que haja outros equipamentos comunitários naquela região que não estejam sendo utilizados.
Também
quero falar um pouquinho aqui sobre as Emendas nºs 3 e 4 ao PLCE nº
006/09, do Ver. Beto Moesch, que acho excelentes, mas, infelizmente, para o
Projeto Minha Casa, Minha Vida, não poderão ser implantadas, porque o Governo
Federal já estipula o valor fixo, o valor para cada unidade habitacional, e, se
forem incluídas mais despesas no rol da compra dos materiais para a construção
das habitações, terão elas que ser reduzidas em seu tamanho, e nós não podemos
permitir que seja reduzido o tamanho das habitações sociais hoje. Então estas
duas Emendas vão onerar a construção de habitações e, infelizmente, não poderão
ser aplicadas. Poderão, sim, ser utilizadas em construções do Município, em
novos loteamentos e em vilas do Município.
Quanto
à Emenda nº 06 ao PLCE nº 006/09, do Ver. Engenheiro Comassetto, a questão já
está contemplada no art. 10, bem como a da Emenda nº 08, que também está. O
ITBI e o IPTU são isentos ao empreendedor enquanto houver a construção, até o
término da obra. Então eu entendo que estas Emendas ficam prejudicadas, porque
o art. 10 da própria Lei já contempla essas questões.
Quanto
à Emenda nº 11 ao PLCE nº 006/09, do Ver. Engenheiro Comassetto, entendo que
essas habitações são fiscalizadas pela Caixa Econômica Federal, e haverá
empresas contratadas. As obras não podem ser feitas em forma de mutirão como
também não podem ser feitas com materiais recicláveis, porque a Caixa tem um
padrão para a sua aprovação, e a equipe técnica não aprova qualquer sistema que
não esteja licenciado pela Caixa Econômica Federal.
Claro
que entendo que as demais Emendas, Ver. Comassetto, relativas à isenção de ISS
e outros, são pertinentes; quanto ao público-alvo, são pertinentes, só não
posso concordar com as demais emendas porque entendo que elas prejudicam o Projeto
em si. É isso o que eu gostaria de dizer, é urgente a votação do Projeto Minha
Casa, Minha Vida, para podermos implementá-lo.
Quero
esclarecer, também, ao Ver. Aldacir Oliboni que já existem dois projetos
assinados, e, na próxima semana, serão assinados mais três com a Caixa, e
assim, mais de mil famílias já serão beneficiadas em Porto Alegre. É muito
pouco, porque, numa propaganda para 10 mil unidades, assinar mil é apenas 10%.
O que nós temos de fazer, ainda - eu insisto com o Executivo -, é criar uma
mesa-redonda para a aprovação do Projeto Minha
Casa, Minha Vida, outorgando o prazo máximo de 90 dias para todas as
Secretarias entregarem isso carimbado e aprovado para a Caixa Econômica
Federal. Muito obrigado, senhoras e senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoo Requerimento que solicita destaque às
Emendas nºs 03, 04 e 13 ao PLCE nº 006/09, feitas pelo Líder do
Governo, Valter Nagelstein.
O Ver.
Toni Proença está com a palavra para discutir o PLCE nº 006.
O SR.
TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, nós temos aqui um conjunto de
emendas ao Projeto Minha Casa, Minha Vida; todas elas têm seus méritos, têm a
sua intenção válida. Eu queria me referir a quatro delas, na verdade. A
primeira, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que prioriza, no caso de empate entre
todos os critérios, as mulheres chefes de família. É louvável esta Emenda
porque busca resgatar uma condição que não está explícita, hoje, nos critérios para
o atendimento das famílias cadastradas. E as mulheres chefes de família,
seguramente, têm mais dificuldades a enfrentar na construção de uma vida digna
para as suas famílias quando o casal não está mais junto. Por isso tenho
certeza de que esta é uma boa Emenda.
A
outra Emenda que me chama à atenção o Ver. Pujol, devido à dificuldade de ela
ser aprovada em função da questão “custo” - e o Ver. Tessaro também se reportou
a isso -, é uma Emenda do Ver. Beto Moesch, que trata de aquecimento solar para
as habitações.
Eu
acho que esta Emenda, mesmo que agora ela não tenha viabilidade técnica, é uma
emenda que nos faz refletir sobre a necessidade das energias renováveis, das
novas tecnologias para o enfrentamento do problema ambiental que nós vivemos
não só em Porto Alegre, mas em todo o planeta.
Portanto,
eu quero louvar a iniciativa do Ver. Beto Moesch, porque, mesmo que Emenda não
tenha hoje aplicação técnica por inviabilidade financeira ou por falta de
tecnologia e inovação, certamente ela chama à reflexão pela necessidade das
energias alternativas.
Por
último, eu quero me referir a duas Emendas que eu subscrevo junto com o Ver.
Comassetto. Uma delas trata do desenvolvimento econômico, social e ambiental
das comunidades onde serão construídas as habitações; para tanto, deverá ser
utilizada, prioritariamente, mão de obra local. Nós temos aqui uma grandíssima
oportunidade de fazer o resgate da dívida social, de gerar trabalho e renda nas
próprias comunidades onde serão desenvolvidos os trabalhos, aproveitando a mão
de obra local, capacitando e, depois, qualificando essa mão de obra,
empregando-a na construção das moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida. É a
Emenda nº 11, que, além de resgatar a dívida e o déficit habitacional de Porto
Alegre, Ver. Mauro Zacher, também é uma emenda que visa a gerar trabalho e
renda.
Por
último, uma emenda não menos importante, do ponto de vista ambiental, é a
Emenda nº 12 - e foi questionada a sua viabilidade pelo Ver. Tessaro -, que
prioriza o uso de materiais reciclados nas construções do Programa Minha Casa,
Minha Vida. Ora, se nós vamos usar um bloco de concreto, um bloquete na
pavimentação, e ele tem qualidade, se ele é de material reciclado, ele pode
muito bem ser utilizado. Portanto, a Emenda, ao propor a priorização desses
materiais, também, certamente, vai fomentar o desenvolvimento de novas
tecnologias, do reuso dos materiais reciclados e da gestão dos resíduos
sólidos. Por isso peço a todos a aprovação dessas Emendas. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
VALTER NAGELSTEIN (Requerimento): Sr. Presidente, por um
equívoco, nós destacamos a Emenda nº 13, de autoria da Verª Fernanda
Melchionna, e eu estou requerendo a retirada do referido destaque.
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para
discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; senhoras e
senhores Vereadores; público que nos acompanha nas galerias, pela Rádio Web e
os que nos assiste pela TVCâmara, eu fiz questão de debater e discutir este
Projeto, porque, talvez, a gente tenha que considerar os atores deste grande
Projeto implementado e apresentado pelo Governo Lula. A verdade tem que ser
dita: um dos grandes méritos do Governo Lula tem sido o investimento na parte
social, seja no Bolsa Família, seja no Minha Casa, Minha Vida. Isso tem
possibilitado, Ver. Nilo - o senhor, que já foi Diretor da FASC -, que os
Municípios possam investir e garantir programas de grande impacto social.
Então, aqui se faz o devido reconhecimento, porque são investimentos na ordem
de 34 bilhões de reais na Habitação, uma meta de 1 milhão de moradias - o
déficit habitacional é quase de 7 milhões -, mas, enfim, não há como deixar de
perceber o mérito, a importância e o impacto que tem, nas grande cidades, o
Minha Casa, Minha Vida.
Ao
mesmo tempo, eu gostaria de reconhecer que não há como se ter um programa dessa
amplitude sem ter a grande participação dos Municípios, e aqui eu faço um
reconhecimento ao Governo Municipal, que, prontamente, entende e percebe a
necessidade e a oportunidade que os Municípios têm de, talvez, minimizar esse
grande déficit que nós temos com uma grande parcela da população que, muitas
vezes, saiu do meio rural há anos, veio para a Cidade em busca de bons empregos
e hoje está nas periferias da nossa Cidade.
Então,
é esse o reconhecimento, na verdade, a esse grande pacto federativo entre as
esferas federal e municipal, possibilitando que a gente avance - não apenas
cresça, mas se desenvolva - e se concretize uma vida melhor a milhares de
brasileiros que serão beneficiados pelo Minha Casa, Minha Vida.
Então,
vejo aqui a contribuição de vários Vereadores com boas emendas; muitas delas
nós iremos aprovar, e outras ainda estamos avaliando, no sentido de aprimorar,
de garantir que o Programa, através dessa legislação municipal, possa se
completar e garantir tudo o que for necessário, e que nós, Vereadores, o
Município de Porto Alegre, possamos possibilitar - e que não se perca nenhum
real - o maior número de Casas, de moradias.
Recentemente
aprovamos um Projeto de Lei que garante uma melhor ocupação nos terrenos
voltados a programas financiados pela Caixa Econômica Federal, o Minha Casa,
Minha Vida, e fizemos isso. Esta Casa aprovou por unanimidade porque entendeu
que todos os esforços serão necessários para que nós possamos dar uma melhor
condição de vida a muitos porto-alegrenses que estão nas periferias, em zonas
de risco, que merecem e que sempre reivindicaram uma melhor situação para
viver. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a
palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; colegas
Vereadores e colegas Vereadoras; senhoras e senhores, este Projeto que nós estamos
discutindo, Minha Casa, Minha Vida, na verdade, já poderia estar aprovado no
Município de Porto Alegre, até mesmo porque o programa nacional foi lançado no
dia 23 de março de 2009, nós estamos chegando ao final do ano, e a grande
maioria dos Municípios do Brasil e do Rio Grande do Sul... Na Região
Metropolitana, só quem não fez essa adequação ainda é Porto Alegre; temos que
agilizar principalmente a destinação dos recursos que estão disponíveis na
Caixa Econômica Federal.
Porto
Alegre lançou um primeiro programa de 300 unidades habitacionais na Edgar Pires
de Castro. Novo Hamburgo já está com mais de 2.500 unidades contratadas, e
assim vai. Um dos problemas que nós temos em Porto Alegre a respeito da
política do Programa Minha Casa, Minha Vida é que Porto Alegre não construiu
uma política para competir, sim, porque há uma competição entre os Municípios
médios e grandes. E, da maneira como foi feito aqui em Porto Alegre,
simplesmente o DEMHAB abriu inscrições para todos. Inscreveram-se 54 mil pessoas
em Porto Alegre; foi um equívoco a forma como isso foi conduzido, primeiro
porque não há recursos para todos. Há um acordo que, para Porto Alegre, neste
ano, serão dez mil unidades habitacionais. E o Programa, que construído e
assinado pelo Presidente da República e que está inserido, como é a base do
PlanHab - Plano Nacional de Habitação - que está para ser lançado, que durará
15 anos, já traz um conjunto de critérios importantíssimos.
A Verª
Fernanda Melchionna e o Ver. Pedro Ruas apresentaram uma Emenda - é louvável -,
mas ela já está inserida no programa nacional que o Presidente assinou, dizendo
que as casas serão entregues às mulheres e ficarão em seus nomes, tendo ou não
a figura masculina, principalmente pelos problemas sociais que acontecem na periferia,
e com a incidência muito forte das drogas, que as casas não sejam utilizadas em
detrimento de um bem de afirmação da família. Então, é extremamente louvável
trazer essa Emenda para debatermos aqui.
O
colega Ver. Beto Moesch, com quem já dialoguei, apresentou aqui algumas
emendas. Sugeri que fizesse uma subemenda, pois, quando se acrescentam as novas
tecnologias, temos que defendê-las, sim, só que o programa nacional não está
concebido com recursos para essas novas tecnologias. Então, para apresentarmos
aqui, também temos que garantir os recursos para serem implementados. Sugeri
que ele faça uma emenda em que o Município tenha de apresentar uma
complementação de verba para adequarmos a energia solar e o aproveitamento de
água nesse Programa. Portanto, temos que indicar essas novas tecnologias, mas,
ao mesmo tempo, garantir fonte de recurso para que elas sejam aplicadas.
Por
último, a grande deficiência desse Programa apresentado pelo Governo José
Fogaça, se compararmos com o programa nacional, é que ele não trouxe uma
vírgula sobre o programa de regularização fundiária. E o programa nacional tem
o Capítulo III, que é da Regularização Fundiária de Assentamentos Urbanos, e
que trata de todas as formatações que o Município precisa regulamentar.
Em
Porto Alegre, temos 750 vilas irregulares com, aproximadamente, 250 mil pessoas
que moram lá. Portanto, nós tratarmos de um programa, o Minha Casa, Minha Vida,
e deixarmos de fora a metade do programa federal, que é a regularização
fundiária, é continuarmos dizendo para essas famílias: “Vocês continuarão sendo
cidadãos de segunda categoria, não estão inseridos no mapa da Cidade”. Essa é a
crítica que faço ao Programa apresentado pelo Prefeito José Fogaça, que não
trata da regularização fundiária. Nesse capítulo que ele apresentou, fizemos um
conjunto de oito emendas para contribuir, mas o Projeto continua carente. Sem a
regularização fundiária, nós não resolveremos o problema de habitação de
interesse social de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoo a retirada do destaque, de autoria do
Ver. Valter Nagelstein, da Emenda nº 13 ao PLCE nº 006/09.
Apregoo
a Emenda nº 14 ao PLCE nº 006/09. Peço a atenção das Sras Vereadoras
e dos Srs. Vereadores, porque, antes, nós não havíamos lido o conteúdo das
Emendas, o que causou alguns quiproquós (Lê.): “Art. 11. Na modalidade de
parcelamento do solo na forma de desmembramento, a área de destinação pública
para equipamento comunitário observará os percentuais de doação de área pública
previstos no PDDUA, exceto para os imóveis acima de 5.000m², nos quais o padrão
de doação será de 18% (dezoito por cento) em relação à área de gleba.
Justificativa: Ajustar-se aos padrões hoje existentes no PDDUA, reduzindo o
percentual máximo.” Assinada pelo Líder do Governo, Ver. Valter
Nagelstein.
Emenda
nº 15, também de autoria do Líder do Governo, Ver. Valter Nagelstein (Lê.):
“Inserir novo artigo, após art. 15, Capítulo III - da forma de incentivos do
Município de Porto Alegre - como segue: ‘para empreendimentos descritos no inc.
I do art. 3º, o Município, como incentivo, assumirá a compensação vegetal
resultante da aplicação do Decreto vigente’. Justificativa: ‘Incentivar
empreendimentos de 0 a 3 salários mínimos, assumindo os custos das compensações
pela supressão de vegetais’.’’
Em
votação o Requerimento que solicita a dispensa do envio das Emendas nºs
14 e 15 ao PLCE nº 006/09 às Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO pela unanimidade dos
presentes.
A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Adeli Sell;
colegas Vereadoras e colegas Vereadores, venho a esta tribuna, primeiro,
reiterar a importância de nós votarmos, imediatamente, após o término da
votação do Plano Diretor, que consumiu, no mês passado, os trabalhos desta
Casa, a aplicação do Projeto Minha Casa, Minha Vida em Porto Alegre.
É
evidente que, para uma cidade que tem 50 mil habitantes desprovidos de um teto,
de um lar para morar, ou 750 comunidades irregulares que lutam pela
regularização fundiária, ainda é muito pouco as primeiras mil casas que
iniciarão, mas é um primeiro passo, e é importante que a gente faça este debate
aqui.
No
Projeto do Plano Diretor, havia uma Emenda estabelecendo que todo o recurso do
Solo Criado iria para a habitação social. Certamente ela ajudaria, do ponto de
vista dos recursos, a avançar na solução do problema da habitação popular.
Entretanto, a Emenda foi rejeitada, e nós sabemos que, invariavelmente, se
cortam os recursos dos gastos sociais e não se consegue imediatamente resolver
o problema dessas 50 mil famílias, mas, no PSOL, nós temos a convicção da
importância de votarmos este Projeto hoje e que já saia a indicação para o
Município de Porto Alegre começar a desenvolver esse Programa na nossa Cidade.
Então,
eu queria saudar a iniciativa do Ver. Beto Moesch em relação às duas Emendas
que visam a dar sustentabilidade. A primeira é sobre o uso racional e
aproveitamento das águas, que é fundamental para o debate atual, é plenamente
exequível nas moradias de mais baixa renda. Em segundo lugar, quando se debate
que, talvez, em 30 anos, a humanidade tenha um problema vital com a questão da
água potável, é fundamental os Municípios irem instituindo mecanismos de
reaproveitamento da água.
Também
já aproveito para falar, da mesma maneira, da Emenda nº 04, que coloca que as
habitações serão dotadas de sistema de energia solar para o aquecimento de água.
É uma tecnologia disponível, de baixo custo operacional, que vai baratear,
Vereador, o custo da conta de luz para a população. Então, a gente consegue
fazer o debate ambiental acoplado à comodidade para as famílias de mais baixa
renda, reduzindo o peso que as contas de luz têm no orçamento familiar.
Da
mesma forma, a Emenda do Ver. Engenheiro Comassetto traz a necessidade de haver
mutirões das comunidades na construção das habitações sociais. Nós sabemos que
o desemprego é um problema enorme no nosso País, os índices variam em torno de
13%; e não é diferente em Porto Alegre o desemprego crônico associado à
informalidade, aos trabalhos precários, à falta da carteira assinada, o que a
gente vê bastante por aí. Então, ao instituir esse mecanismo do mutirão, a
gente consegue vincular a execução de obras, a construção de moradias à
oportunidade de geração de renda para as comunidades. Eu queria parabenizá-lo
por esta Emenda.
Sobra-me
pouco tempo, e eu gostaria de defender a nossa Emenda, minha e do Ver. Pedro Ruas,
para resolver um problema para o qual o Ver. Pedro Ruas alerta desde a década
de 90, quando foi Vereador desta Casa, que é o problema das mulheres chefes de
família, que, muitas vezes, garantem que o lar siga existindo, mesmo sendo elas
abandonadas ou quando são elas as portadoras do trabalho e que têm problemas,
dificuldades no sentido de que haja ações afirmativas de inclusão social na
nossa sociedade, seja quando se separam, pois, muitas vezes, o imóvel fica no nome do marido,
e ela é despejada para a rua com os seus filhos; seja quando a mulher é vítima
de violência doméstica e não pode sair de casa porque não tem onde morar; seja
pelas condições de renda das mulheres, que ainda, em 2009, ganham, em média,
30% a menos que um homem branco para cumprir a mesma função; seja porque as
mulheres são, majoritariamente, as que vivem na informalidade - 70% das
empregadas domésticas não têm a Carteira de Trabalho assinada. E, certamente,
todas as medidas que possamos fazer para incluir socialmente as mulheres e
colocar ações afirmativas no critério de empate, dentro dos critérios
estabelecidos no Projeto do Governo, serão fundamentais para avançar e melhorar
o Projeto.
Nós
queremos pedir o voto dos nossos colegas Vereadores e Vereadoras. Várias
Bancadas já se manifestaram favoravelmente à nossa Emenda, e, certamente, Porto
Alegre vai avançar na luta das mulheres. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Sebastião Melo solicita que comunique,
mais uma vez, a esta Casa que, amanhã, à tarde, nós teremos a presença,
importantíssima para todos nós, do ex-Prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, que
falará sobre Mobilidade Urbana, aqui na Câmara.
O Sr.
Enrique Peñalosa é economista, administrador e Presidente do Institute for Transportation
and Development Policy (ITDP) e falará sobre Mobilidade para uma Cidade Social
e Ambientalmente Sustentável.
Peñalosa
destacará sua experiência como Prefeito de Bogotá, onde ficou conhecido por
priorizar as crianças e os espaços públicos, proibir o uso de carros em
determinados locais, construir centenas de quilômetros de calçadas, vias
exclusivas para bicicletas, ruas de pedestres e por proporcionar o aumento de
parques. Sua administração ficou conhecida como um exemplo de planejamento esclarecido.
O convite é também para quem nos assiste pela TVCâmara, para quem nos ouve na Rádio Web. Os Vereadores podem comunicar e convocar seus assessores e militantes da área urbana, e principalmente pessoas que têm interesse na questão de circulação e transporte, para estarem presentes aqui amanhã à tarde, para ouvirem o Sr. Enrique Pañalosa, ex-Prefeito de Bogotá.
O Ver.
Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
LUIZ BRAZ: Vereador-Presidente, Adeli Sell; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores, aqui está um Projeto, Ver.
Marcello, em relação ao qual não há situação e oposição, porque, afinal de
contas, todos aqui estamos empurrando numa só direção.
O
Projeto tem participação do Governo Federal, do Governo Estadual e também do
Municipal. Na verdade, devemos ter o cuidado, Verª Sofia Cavedon, de
propiciarmos uma maneira para a Administração, para que ela possa construir
essas casas que vão ser entregues para a população de baixa renda de forma a
fazer com que todas elas “caibam” no dinheiro que existe à disposição. Se nós
começarmos a colocar emendas que vão onerar o Projeto, ou que vão inviabilizar,
muitas vezes, a devida fiscalização da Administração sobre o Projeto, acho que
estaremos prestando um desserviço.
O meu
amigo Ver. Beto Moesch tem uma Emenda da qual eu gosto muito e na qual vou
votar favoravelmente, que é a Emenda n° 03, que fala sobre o reaproveitamento
das águas. Isso está dentro da matéria que é sobejamente conhecida pelo Ver.
Beto, pois ele nos dá aulas, neste plenário, com relação a todas as matérias
ambientais. Então, quando se fala em reaproveitamento das águas, nós não temos
dúvida em aprovar, mas, com a sua Emenda n° 04, V. Exa vai encarecer
o Projeto, se nós a aprovarmos, porque V. Exa fala na necessidade de
colocar energia solar. Nós sabemos que isso é uma boa coisa, que todo o mundo
quer; afinal de contas, seria muito bom que todas as casas tivessem os
dispositivos para captar energia solar, mas a gente sabe que isso não é barato,
é caro. Como o Projeto tem um orçamento limitado, a Emenda n° 04 ficaria
difícil de a gente aprovar.
Das
Emendas do Ver. Comassetto que eu estive verificando, algumas são muito boas
porque dizem respeito à possibilidade de isenção, principalmente, Ver.
Comassetto, quando V. Exa fala no ITBI. Um dos itens que V. Exa
colocou no texto da sua Emenda é o da primeira aquisição, e a primeira
aquisição já é isenta. Já a possibilidade de o empreendedor, quando adquirir um
lote maior, ficar isento, eu acho que ajuda, mas, quando V. Exa tem
outra Emenda que fala sobre material reciclável, V. Exa sabe que a
Caixa Econômica Federal, que é quem está dando dinheiro para tudo isso, não
trabalha com material reciclável; então, seria impossível nós aprovarmos essa
sua Emenda. Quanto ao caso dos mutirões, também fica impossível trabalharmos
aqui na Emenda sobre esse assunto.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: V. Exa permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Luiz Braz. Quando eu coloco a sugestão
de que seja dada prioridade ao uso do material reciclado é que, logo, votaremos
um Projeto do Executivo, que é sobre a reciclagem dos materiais. A Caixa
Econômica
Federal criou um banco técnico para análise de materiais alternativos,
obviamente tem que passar pela Caixa, que aprova ou não esses materiais. Por
isso eu deixei o termo amplo, dizendo que será dada a prioridade. Prioridade
não é obrigatoriedade. Muito obrigado.
O SR.
LUIZ BRAZ: Sim, mas, pelo que nós sabemos, pelo menos nos
projetos da Caixa, eles não permitem, por enquanto, materiais recicláveis. Por
isso fiz essa observação com relação à sua Emenda. Acho que a intenção, Ver.
Comassetto, é muito boa, e V. Exa conhece bem a área, mas eu tenho a
impressão de que, se nós a aprovarmos, ficaremos apenas dando a preferência, mas
sem a possibilidade de se utilizar, realmente, esse material reciclável.
No
geral, eu acho que ninguém vai querer aqui impedir que as boas emendas sejam
votadas, aquelas que realmente possam trazer benefícios, principalmente à
população de baixa renda, que precisa ter um lugar para morar.
Só
para finalizar, Sr. Presidente, eu quero dizer que estive com o Ver. Goulart,
que está à frente do DEMHAB, e ele me mostrava todos os empreendimentos que
estão neste Projeto Minha Casa, Minha Vida, em vários locais da Cidade. A
maioria dos empreendimentos surge na Zona Sul da Cidade, porque há uma
constatação de que, na Zona Norte, não há onde construir; então, fica só a Zona
Sul com áreas para esse Projeto. Um projeto ou outro é que vai escapar para a
Zona Norte, mas a maioria será realizado na Zona Sul.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoo a Subemenda nº 01 à Emenda nº 10 ao
PLCE nº 006/09 (Lê.): “Parágrafo Único - O Programa deverá atender,
obrigatoriamente, pelo menos 80% (oitenta por cento) da demanda habitacional
prioritária por regiões de planejamento (RP) em áreas identificadas nas
próprias RPs.” Assinada pelos Vereadores Aldacir José Oliboni, Maria Celeste,
Engenheiro Comassetto, Nelcir Tessaro e outros, e, pela Liderança do PTB, o
Ver. Nilo Santos.
Em
votação o Requerimento que solicita a dispensa do envio à apreciação das
Comissões da Subemenda nº 01 à Emenda nº 10 ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A Verª
Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Ver. Adeli Sell, Vice-Presidente da Casa; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, a discussão desse tema deve nos alertar para um
maior acompanhamento desta Casa no desenvolvimento do Projeto em Porto Alegre.
Eu, esses dias, entrava em contato com a Caixa para fazer uma ponte com um
grupo de pessoas de Cidreira, e o Superintende da Caixa me dizia, Ver. Tessaro,
que teríamos que ser rápidos, porque o tempo está encerrando, ou seja, o ano
que vem tem um prazo muito curto para empenhar esses recursos. E eu não vejo e
não vi ainda, já falei aqui, há meses - como outros Vereadores -, que a
Prefeitura só vai realizar um ótimo aproveitamento desse Programa se tiver uma
grande prioridade, um mutirão, uma equipe trabalhando, e eu não vejo isso, Ver.
Brasinha.
(Aparte
antirregimental.)
A SRA.
SOFIA CAVEDON: Não, eu não vejo! Foi assinado um único projeto. E
mais: os projetos enfrentam burocracia na Prefeitura para ser aprovados.
Enfrentam! Eu arrisco dizer, e gostaria que viesse aqui o Secretário dizer que
não. Eles estão passando na vala comum, de Secretaria em Secretaria.
A
Caixa me informou, há um mês - eu falei isso da tribuna -, que haveria 3 mil
moradias em potencial em projetos manifestados por empresários, e nós não temos
notícias de que esses projetos já tenham a sua aprovação. Então, é um pouco
semelhante ao problema da regularização das creches comunitárias para elas
participarem do Fundeb. As creches têm que ir de Secretaria em Secretaria para
resolver o problema da regularização do terreno. Eu já falei isso aqui, ou
seja, a Prefeitura não estabeleceu um fluxo diferente, Ver. Comassetto, Ver.
Tessaro. Eu estou aqui exatamente no mesmo diapasão que o Ver. Braz falou:
estamos todos interessados na mesma coisa; não é uma disputa política. Ou põe o
mutirão, ou junta as Secretarias para a aprovação desses Projetos, ou não
conseguiremos o financiamento. O prazo, que não sei qual é, vai estourar - será
em abril, não sei. O ano que vem é ano eleitoral, o Governo não pode fazer
empenhos em determinados períodos.
Chamo
atenção para se formar, talvez, um grupo de Vereadores. Talvez o Presidente da
CUTHAB pudesse chamar uma reunião para tratar, especificamente, deste tema,
porque nós vamos perder recursos, e a demanda é enorme, como todos já disseram.
A minha preocupação é desburocratizar e implementar o Programa. A Prefeitura
Municipal de Porto Alegre criou uma grande expectativa: 50 mil pessoas foram se
inscrever. Então, para responder a uma parte dessa expectativa, eu concordo que
o método escolhido não foi bom, não foi o melhor; poderia ter sido via regiões,
a partir da identificação das demandas já gravadas no Orçamento Participativo
ou por outros critérios.
Agora
estamos com uma enorme demanda de inscritos e não temos, sequer, uma equipe
trabalhando uma ação intersecretarias para a desburocratização de Projetos,
para o encaminhamento de regularização fundiária. Mas, infelizmente, não
consigo enxergar que a gente aproveite esse recurso de maneira eficaz, efetiva
e que esse recurso alcance quem precisa.
Fico
muito triste com isso, mas há tempo, temos um mês ainda no ano de 2009, temos
janeiro e fevereiro. Agora, terá de ser tratado, talvez, com o Secretário de
Gestão da Cidade, porque esse é um problema de gestão, para nos manifestarmos
nesse sentido.
E,
Ver. Valter, eu falava que é preciso ter uma prioridade, e os Projetos não
estão sendo aprovados; eles estão na burocracia - Programa Minha Casa, Minha
Vida -, esse é o retorno que eu tenho, e o prazo está muito exíguo para o
aproveitamento dos recursos.
Eu
sugiro, talvez, uma Comissão de Vereadores, uma conversa com o Secretário
Clóvis, de Gestão, pois, do contrário, nós não participaremos do Programa.
O Sr.
Valter Nagelstein: V. Exa permite um aparte? (Assentimento
da oradora.) Esse é o objetivo da Lei que estamos votando hoje, que é
simplificar o processo, torná-lo mais ágil, Verª Sofia.
A SRA.
SOFIA CAVEDON: A Lei não resolve, Ver. Valter. A Lei, chegou no
fim do ano; a Lei não resolve, precisa de uma ação integrada das Secretarias
para desburocratizar a aprovação de projetos. A Caixa nos informa: há 3 mil
unidades em potencial para serem construídas, precisa-se agilizar a aprovação.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): O Ver. Dr. Raul está com a palavra para
discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
DR. RAUL: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras; todos os que nos assistem, eu, que trabalho como médico há quase
trinta anos, atendendo nas periferias de Porto Alegre, sinto-me muito feliz em
poder participar deste Programa, que é o Minha Casa, Minha Vida, que, na
realidade, dá oportunidade à comunidade, àquela comunidade mais carente, mais
empobrecida, que veio para Porto Alegre buscando melhorias, buscando trabalho e
que não conseguiu encontrar. São pessoas que tinham uma vida, muitas delas,
digna, no Interior, e que vieram para cá buscando uma qualidade melhor de vida,
e, infelizmente, não conseguiram e acabaram formando esses grupos que ocuparam
essas mais de 750 áreas irregulares em Porto Alegre. Enfim, essa é a situação
desse cinturão de baixa renda que a gente enfrenta no dia a dia.
A
gente, que trabalha nessas comunidades, e vê, muitas vezes, a luta pela
sobrevivência, sabe o que significa para o cidadão que lá vive ter a sua casa,
ter a sua moradia. E nós, como Vereadores desta Cidade, preocupados com a
saúde, preocupados com o meio ambiente e preocupados, também, com a habitação,
precisamos estar, permanentemente, fiscalizando este processo para que ele seja
feito de maneira digna, com moradias adequadas e sustentáveis.
Quero
falar também nas Emendas que o Ver. Beto Moesch colocou ao Projeto, que eu acho
muito bem-vindas, porque aproveitarmos a água é extremamente importante, e
precisamos fazer com que essas águas sejam direcionadas, para que a gente possa
reutilizá-las, para que não haja esse consumo excessivo e que haja o
reaproveitamento desse grande volume de água que estamos utilizando, ou seja,
água tratada pelo DMAE, porque, para muitas atividades do dia a dia, a água não
precisaria ser tratada. Já temos os nossos mananciais hídricos poluídos; não é
à toa que estamos aqui enfrentando o Programa Integrado Socioambiental, para
que mais de 50% do esgoto seja realmente tratado. Avançaremos nesse Projeto,
possibilitando a sua sustentabilidade, que será dada com o envolvimento do
Município, da Caixa Econômica Federal e do Estado. Inclusive foi falado pelo
Ver. Braz e por outros Vereadores que me antecederam que, realmente, todo o
mundo tem de puxar para o mesmo lado, porque queremos que todos tenham uma vida
qualificada e digna.
A
Emenda nº 04, do Ver. Beto Moesch, também trata dessa questão, quando ressalta
a utilização da energia solar, que, inicialmente, para ser implantada, terá um
custo alto. Sugeri, então, ao Vereador, que essa Emenda não seja colocada como
uma obrigatoriedade, mas como uma prioridade para Porto Alegre, sinalizando a
sustentabilidade ambiental e fazendo com que as pessoas tenham as contas de
água e luz mais baratas, com menos agressão ao meio ambiente.
Com o
avanço da tecnologia, a energia solar vem barateando, e até acredito ser este e
o momento para se implantar essa energia nesses loteamentos que estão para ser
implantados, como uma energia alternativa que vai nos dar uma melhor qualidade
de vida e trazer mais saúde pública e pessoal para todos nós. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Adeli Sell): Apregoo, neste momento, ao PLCE nº 006/09,
Requerimento do Ver. Elias Vidal, solicitando a inclusão da Subemenda nº 01 à
Emenda nº 04 (Lê.): “Art. 1º - Insere a palavra “prioritariamente” no texto da
Emenda nº 04, passando a ficar com a seguinte redação: ‘As habitações voltadas
à moradia popular construídas em Porto Alegre serão dotadas prioritariamente de
sistema de energia solar para aquecimento de água’.”
Em
votação o Requerimento, de autoria do Ver. Beto
Moesch, que solicita dispensa do envio às Comissões Conjuntas da
Subemenda nº 01 à Emenda nº 04, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Ver.
Nilo Santos está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Adeli Sell; Srs. Vereadores e
Sras Vereadoras; senhores e senhoras que nos acompanham nesta tarde;
Ver. Beto Moesch, para contribuir, existe algum estudo do custo deste sistema?
Gostaria de saber o custo deste sistema de energia solar. Há algum valor
aproximado? Porque, na realidade, a Caixa paga, no máximo, 41 mil reais por
casa. Existe algum estudo?
O Sr.
Beto Moesch: V. Exa permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Primeiro, em virtude da polêmica - embora, na minha opinião, não
devesse ser polêmico -, nós apresentamos, por intermédio do Ver. Elias Vidal,
uma Emenda que, em vez de se exigir, se prioriza a energia solar. Por que não
deveria ser polêmico? Vou dar o exemplo de uma cidade: Betim, em Minas Gerais,
é uma cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde são produzidos os
carros da Fiat. É uma cidade de operários, quase toda ela. Todas as casas
populares - estou aqui com o material - de Betim são feitas com energia solar,
porque lá as pessoas não estavam conseguindo pagar a conta do chuveiro
elétrico, e reduziu em 53% a conta de luz lá em Betim. Eu estava falando agora
com o Pedro Lacerda, Diretor da Caixa Econômica Federal; ele nos disse que, em
Minas Gerais e no Nordeste, as casas habitacionais populares são todas feitas
com energia solar em virtude disso. É caro? Sim, mas...
O SR.
NILO SANTOS: Eu gostaria, Ver. Beto Moesch, de saber qual é o
custo aproximado para a instalação da energia solar em uma casa?
O Sr.
Beto Moesch: O valor exato eu não saberia dizer, mas a
informação que nós temos é que entre um ano e dois anos, principalmente dois
anos, se paga o custo da energia solar. Nós colocamos, então,
“prioritariamente”, para que nós possamos fomentar, porque isso serve,
principalmente, para os moradores dessas casas, que vão pagar muito menos a
conta de luz. Essa é a ideia. Obrigado.
O SR.
NILO SANTOS: Obrigado, Vereador. Eu aproveitei este espaço, Ver.
Beto, até para lhe oportunizar, para ver se V. Exa. tinha condições de nos dar
um valor aproximado. Parece-me, Ver. Tessaro, que é praticamente inviável, com
este valor, que a Caixa repasse, no caso.
Verª
Maria Celeste, a casa é aproximadamente de 37m². É isso? Nós tivemos, aqui, há
pouco tempo, Verª Fernanda, uma polêmica, porque as casas no Porto Seco são de
39m², e as casas da Entrada da Cidade são de 41m². Será que há possibilidade de
nós fazermos um movimento conjunto, Ver. Pedro Ruas, para tentarmos ampliar
essa metragem? Não é combatendo o Governo Federal; pelo contrário, é um
Programa onde estamos todos de mãos dadas, aqui.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: V. Exa permite um aparte?
(Assentimento do orador.) É oportuna a sua fala, porque existe, sim, a
possibilidade. Nós estamos falando deste valor de 42 a 45 mil reais, que é
repassado pelo Governo Federal. É importante que a gente possa gravar no
recurso do Orçamento do Município também um percentual para poder aumentar o tamanho
das casas. Vai vir o Orçamento em breve, e nós poderemos conjugar, aqui, para
agregar mais valores ao Programa. Muito obrigado.
O SR.
NILO SANTOS: Eu até sugiro a ampliação desta metragem, porque
houve um movimento muito forte nesta Casa, a comunidade veio para cá protestar
- a Vila Dique, exatamente. Daqui a pouco, nós vamos trabalhar este Programa
todo com esta metragem de 37m², e as comunidades vão se sentir desprestigiadas.
Então, que seja um movimento conjunto, para que possamos ampliar esta metragem.
Obrigado, senhoras e senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Agradeço a condução dos
trabalhos, feita pelo Ver. Adeli Sell. Continuamos a discussão da matéria.
O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu não escondo que é um momento muito especial, para mim, poder
participar desta discussão e fazer o encaminhamento desta votação que vai
ocorrer na Casa. Eu, ao longo do tempo, posso ser considerado um viúvo do Banco
Nacional da Habitação, porque, desde o momento em que extinguiram o BNH, nós
começamos a engatinhar em termos de construções de casas populares neste País,
porque as pessoas só viam o BNH que, para subsidiar internamente as casas
populares, emprestava dinheiro para os ricos, e desconheciam os quatro milhões
de casas que foram construídas.
Eu sou
obrigado a reconhecer que houve um calote generalizado; os órgãos públicos não
pagavam o BNH. Não é o caso de Porto Alegre, onde o Departamento Municipal de
Habitação sempre foi um órgão adimplente no processo, e era elogiado nesse
particular. E fizemos, com a graça de Deus e com o apoio da sociedade, belos
projetos em Porto Alegre, e a Restinga é o maior exemplo, mas não é o único. Há
várias situações, aqui em Porto Alegre, onde está presente esse espírito que
predominava quando o DEMHAB era um agente promotor, o Banco do Estado do Rio
Grande do Sul era o agente financeiro, e o velho BNH bancava todo o processo.
Agora,
o Governo Lula, dizem os seus opositores, próximo às eleições, busca fazer o
Minha Casa, Minha Vida, que outros chamam até de “Minha Casa, Minha Dilma”. Eu
já disse aqui, em determinado momento, que, se este Projeto for bem executado e
dele resultar dividendos eleitorais para o Partido dos Trabalhadores, eu vou
bater palmas igual. Eu quero o que é bom para o Brasil, o que é bom para a
sociedade brasileira. E no caso concreto, nós temos um projeto que, quando foi
apresentado aqui, Ver. Engenheiro Comassetto, pela Caixa Econômica Federal, eu
tive a oportunidade de dizer que, para ser melhor, só se fossem verdadeiras as
condições que estão sendo colocadas. Não sei, há longo prazo, economicamente,
como é que o financiador vai resolver. Não é um problema nosso! O nosso
problema é viabilizar o Projeto, Ver. Sebastião Melo, especialmente para a
faixa de um a três salários mínimos regionais, que é a mais carente e,
evidentemente, precisa ser privilegiada. Para tanto, nós temos que criar
condições favoráveis, Ver. Raul, aos empresários que, de acordo com o que foi
previsto no Programa, executarão os projetos, para construírem casa popular a
41 mil reais, ou apartamento popular a 45 mil reais. E, para isso, nós não
podemos onerá-los com situações que, se fossem financiáveis, seria
absolutamente lógico que fossem incluídas, entre os quais a energia solar, como
propõe o Ver. Beto Moesch numa Emenda.
Eu disse ao Ver. Beto Moesch que, em Minas Gerais, esse assunto se resolveu com a Companhia Energética de Minas Gerais, Cemig, bancando os projetos, e não com aquele que constrói e que, obviamente, transfere esse custo para o morador. Se isso for possível em Porto Alegre, será ótimo. E agora, com a colocação da expressão “prioritária” na Emenda, nós temos tranquilidade para aprová-la, porque, obviamente, se nós conseguirmos, politicamente, envolver a CEEE nesse processo, o empreendedor, o contador, todos ficarão satisfeitos; inclusive o Governo, que pode cooptar, através dos mecanismos de controle, as concessionárias de serviço público para também se somarem nesse esforço para a erradicação do problema da habitação popular.
Por
isso, Sr. Presidente, eu deixo claro a V. Exa que eu não tenho o
menor ressentimento de, no início da Sessão, ter pedido que fossem escancaradas
as Emendas a serem votadas, porque eu acho que as coisas que a gente faz com
clareza, transparentemente, são muito melhores do que aquelas que se faz na
correria. Agora nós vamos votar; eu vou votar a favor de algumas emendas e
contra outras, mas isso depois do belo, bom e democrático debate que a Casa
vivenciou sobre um tema de relevância, que não tem hoje vencedores, só
derrotados: todos aqueles que não resolveram o problema até hoje. E pode ter
muitos vencedores, se nós continuarmos caminhando com espírito público, na
busca de condições objetivas capazes de propiciar o desenvolvimento de projetos
economicamente viáveis, sustentáveis e com esse condão de criar a casa própria
para a boa gente de Porto Alegre, que vive na sub-habitação ou na submoradia. Era
isso, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Alceu Brasinha
está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09. (Pausa.) Desiste. O Ver.
Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCE nº 006/09.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente Sebastião Melo; Ver. Engenheiro
Comassetto, até entendo a sua urgência, e eu também tenho urgência. Vou me
centrar aqui em fazer críticas especialmente em relação a algumas de suas
Emendas, críticas dentro daquilo que entendemos necessário, mas de forma
respeitosa, até porque, se não me falha a memória, já estamos com
aproximadamente 20 emendas, e não são proibidas também.
Ver.
Comassetto, não vou entrar no mérito, porque, no mérito, eu concordaria com V.
Exa, mas temos que ter o entendimento daquilo que somos capazes,
como Vereadores, e daquilo que não somos capazes como Vereadores. Quanto àquilo
que não somos capazes, cito como exemplo a sua Emenda, a Emenda nº 05 ao PLCE
nº 006/09, que trata da isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza.
Vereador não tem capacidade para propor esse sistema, essa prática, ou leis
dessa natureza. Se nós pudéssemos propor leis tratando de isenção de impostos,
Ver. Comassetto, eu faria, no dia seguinte, a isenção de impostos
principalmente aos meus colegas da classe do mercado imobiliário.
O Sr.
Engenheiro Comassetto: V. Exa permite um aparte?
(Assentimento do orador.) Quero lhe dizer que tenho discordância com o senhor,
e aprendi isso com o nosso colega, Vereador que foi, Ibsen Pinheiro, que
derrubou essa tese, inclusive como Presidente da Comissão de Constituição e
Justiça. Justamente por isso estou legislando nesse sentido. Muito obrigado.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu vou lhe ser sincero: o senhor está equivocado.
Nós podemos propor parcelamento de tributo, e, para qualquer situação de
diminuição, precisamos citar a compensação, no mínimo. V. Exa também
trata de procedimento, na Emenda nº 006, que trata de ITBI. Se formos olhar, o
próprio Executivo, hoje, em decreto e por orientação até mesmo do próprio
Governo Federal, está atendendo isenções do ITBI nos projetos sociais. Então,
nós estamos aqui com a Emenda nº 06, que não tem sentido nenhum. Por outro
lado, esta Emenda também trata de isenção aos empreendedores. Nós não podemos
contemplar o empreendedor, nós temos que contemplar o beneficiário.
Então,
nós temos aqui, por exemplo, a Emenda nº 11, Ver. Comassetto, e eu não quero
discutir o mérito, porque, no mérito, concordo com V. Exa, mas veja
bem, deverá utilizar, prioritariamente, mão de obra do local. Nós não podemos,
constitucionalmente, fazer isso. Nós estamos vendo um Projeto cheio de Emendas
inócuas. Nós não podemos dizer, por exemplo, que os moradores, os trabalhadores
da Zona Norte não podem trabalhar na Zona Sul, é inconstitucional,
inconstitucional, Vereador!
Eu
entendo a sua intenção, a sua boa vontade, mas, infelizmente, se nós pudéssemos
fazer isso, com certeza, nós, Vereadores, iríamos fazer leis para contemplar os
trabalhadores dos bairros. Todos nós faríamos isso. Mas, infelizmente ou
felizmente, não temos essa competência, seria até desumano, injusto! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, não há
mais quem queira discutir. Eu quero fazer um apelo, frente às nossas
conversações de hoje, pela manhã, longa reunião com as Lideranças. Nós temos um
conjunto de Projetos dos Vereadores, do Executivo, enfim, são mais de 30, 40
Projetos para serem enfrentados até o final do mês. Ora, nós temos aqui 13
destaques das 15 Emendas. Se nós tivermos encaminhamento dos 13 destaques, nós
não votamos sequer esta matéria hoje. Eu quero dizer que vou coordenar com a
maior tranqüilidade; apenas estou alertando isso porque estou tentando colocar
em prática aquilo que nós acordamos do ponto de vista da celeridade do
processo. O Plenário é soberano para tomar a decisão que quiser. Portanto, está
encerrada a discussão. Vou colocar em votação primeiro as Emendas e, depois, o
corpo do Projeto.
Em
votação nominal, solicitada pela Verª Maria Celeste, a Emenda nº 01, destacada,
ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 20
votos SIM e 08 ABSTENÇÕES.
Em
votação a Emenda nº 02, destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) REJEITADA.
Em
votação a Emenda nº 03, destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA, com
o voto contrário do Ver. Pujol.
Em
votação a Emenda nº 04, destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Subemenda 01 à Emenda nº 04, destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 05, destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº
05.
O SR.
ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, vou fazer um encaminhamento
bem rápido. Está sendo dito, aqui no plenário, que Vereador não pode legislar
sobre matéria tributária. Isso é um equívoco, e já há jurisprudência, inclusive
nesta Casa. Eu gostaria que fosse ratificado que a jurisprudência existe, que
Vereador pode legislar sobre matéria tributária sem nenhum problema - e está lá
o Ver. Luiz Braz, que é um dos nossos teóricos neste debate. Portanto, não dá
para ser pedido voto contrário a esse tema como está sendo feito, “porque
Vereador não pode legislar sobre matéria tributária”. Assim não dá! O Líder do
Governo está orientando, dizendo que esta não é matéria de Vereador. Bom, acho
que é um direito pedir, mas é um equívoco, até porque há jurisprudência nesta
Casa, todos nós legislamos sobre a matéria, e, como eu disse aqui, na primeira
Legislatura, no primeiro ano, aprendi isso com o Presidente da CCJ, que era o
então Ver. Ibsen Pinheiro, hoje Deputado Federal, justamente do Partido do Ver.
Bernardino e do Ver. Valter Nagelstein. Inclusive, naquele momento, travamos um
logo debate, o Ver. Nereu D'Avila, Ver. Luiz Braz e eu, e acabamos com essa
dúvida no Plenário.
Portanto,
se for essa a discordância, eu queria sugerir a retirada dessa orientação
política, porque o INSS para os empresários, ao qual o Ver. Bernardino se
referiu, é o seguinte: quando vai adquirir o terreno para a realização do
projeto, há um custo, sim; e esse custo sai do recurso subsidiado do Governo
Federal. Nós estamos querendo que esse recurso seja destinado ao Programa;
portanto, isso viria facilitar que Porto Alegre se torne competitiva. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Eu fiz uma defesa da tribuna, usando o meu
tempo regimental, dizendo que é um equívoco falar que um Vereador pode pedir
para retirar ou pode propor retirada de tributos, de impostos! Nós não temos
essa competência! Nós legislamos aqui sobre parcelamentos e outros assuntos,
não para retirar impostos ou aplicar menos impostos! Nós não temos competência
para isso! Há mérito; eu votaria, perfeitamente, com ele, mas, pelo amor de
Deus, daqui a pouquinho, um Vereador desta Casa é bonzinho, e os outros são
todos ruins!
O SR.
LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, com toda a certeza, existe um
acórdão do Supremo Tribunal Federal que deixa muito claro que os Legislativos
podem ter iniciativa de projetos que criam leis sobre tributos e também sobre
finanças. Um dos equívocos que nós não podemos cometer aqui, com relação a esse
Projeto, é que nós não estamos fazendo isenções de um imposto que já havia; nós
estamos, na verdade, dizendo que, num empreendimento que vai acontecer, que é
totalmente novo, como é o caso de Minha Casa, Minha Vida, nós vamos ter isenção
no ITBI, e, no caso do ITBI, já existe, inclusive, na primeira aquisição, uma
legislação que dá guarida exatamente a isso. Não existe ITBI na primeira
aquisição; inclusive é dos textos do Ver. Comassetto. Então, se rejeitarmos,
deve ser pelo mérito, não porque nós não podemos legislar; podemos, sim.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Srs. Vereadores, não
cabe ao Presidente falar sobre mérito, Ver. Bernardino. Essa matéria é
amplamente discutida, há teses, pareceres, acórdãos. Então, é uma questão de
mérito; a Câmara tem que enfrentar e ponto. Não dá para fazer uma consulta, e a
Presidência responder “Pode”. Não é minha função fazer isso. Agora, é uma
questão interpretativa. Há juristas brilhantes, neste País, que entendem que o
legislador brasileiro pode legislar sobre questão tributária; outros entendem
que não. Então, isso é uma questão de mérito.
Em
votação nominal, solicitada por este Presidente, a Emenda nº 05, destacada, ao
PLCE nº 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 10
votos SIM, 17 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Nilo Santos, a Emenda nº 06, destacada,
ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09
votos SIM, 18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Nilo Santos, a Emenda nº 07, destacada,
ao o PLCE nº 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 19
votos SIM e 07 votos NÃO.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Valter Nagelstein, a Emenda nº 08,
destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
13 votos SIM e 13 votos NÃO.
Passamos
à Emenda nº 09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, ao PLCE nº 006/09.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Valter Nagelstein, a Emenda nº 09,
destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) A Emenda nº
09 está APROVADA por 20 votos SIM e 06 votos NÃO.
Passamos
à Emenda nº 10, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, ao PLCE nº 006/09.
Em
votação a Emenda nº 10, destacada, ao PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Passamos
à Subemenda nº 01, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, à Emenda nº 10, ao
PLCE nº 006/09. (Procede à leitura da Subemenda nº 01 à Emenda n° 10 ao PLCE n°
006/09.)
Em
votação a Subemenda nº 01 à Emenda n° 10 ao PLCE n° 006/09. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Passamos
à Emenda nº 11, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, ao PLCE nº 006/09.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Bernardino Vendruscolo, a Emenda n° 11,
destacada, ao PLCE n° 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por
08 votos SIM, 18 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
Passamos
à Emenda nº 12, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto e vários outros, ao
PLCE n° 006/09.
Em
votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda n° 12,
destacada, ao PLCE n° 006/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 19 votos SIM e 07 ABSTENÇÕES.
Em
votação a Emenda nº 13, de autoria do Ver. Pedro Ruas, destacada, ao PLCE nº
006/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADA.
Em
votação a Emenda nº 14, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, destacada, ao
PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA, com os votos contrários dos Vereadores Engenheiro Comassetto,
Maria Celeste, Pedro Ruas, Fernanda Melchionna, Sofia Cavedon e Carlos
Todeschini.
Em
votação a Emenda nº 15, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, destacada, ao
PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA, com os votos contrários dos Vereadores Pedro Ruas,
Fernanda Melchionna e Beto Moesch.
Em
votação o PLCE nº 006/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade. (Palmas.)
Apregoo
a Emenda nº 13 ao PLE nº 043/08, que institui o Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do Município de Porto Alegre e dá
outras providências (Lê.): “Inclui Parágrafo Primeiro ao Artigo 6º do Projeto
de Lei do Executivo nº 043/08, com a seguinte redação: Art. 6º... § 1º - Os
resíduos Classe A da construção civil do município de Porto Alegre terão
destinação preferencial para atividade de reciclagem que agregue valor aos
mesmos e gere trabalho e renda às populações em situação de vulnerabilidade
social, em especial a produção de blocos de concreto para pavimentação de vias
urbanas e para construção civil, ficando o excedente desta atividade para as
demais formas de destinação e uso destes resíduos.” Assinam o Ver. Toni Proença
e mais uma dezena de Vereadores.
Em
votação Requerimento que solicita a dispensa de envio às Comissões da Emenda nº
13 ao PLE nº 043/08. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Apregoo
Requerimento, de autoria do Ver. Toni Proença, que solicita seja votada em
destaque a Emenda nº 13 ao PLE nº 043/08.
O SR.
DR. RAUL (Requerimento): Eu tenho um Projeto - PLL nº 057/09 -
priorizado para a Sessão de hoje e eu gostaria, se o Plenário concordar, que o
colocássemos agora, em seguida, em votação.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em votação o
Requerimento, de autoria do Ver. Dr. Raul, que solicita alteração na ordem de
votação dos Projetos, para que seja votado, imediatamente, o PLL nº 057/09.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1558/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 057/09, de autoria do Ver. Dr. Raul, que estabelece a
possibilidade do agendamento telefônico de consultas para pacientes idosos e
para pessoas com deficiência já cadastrados nas unidades de saúde do Município
de Porto alegre e dá outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Waldir Canal: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Aldacir José Oliboni: pela aprovação do Projeto.
O SR.
PRESIDENTE (Sebastião Melo): Em discussão o PLL nº
057/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação o PLL nº 057/09.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(Palmas.)
Consulto
se há algum pedido de preferência de outros Vereadores. (Pausa.) Convido os
Srs. Líderes a se aproximarem da mesa, para uma rápida conversa. (Pausa.)
Visivelmente
não há quórum para votação.
Passamos
à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC. Nº 5425/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO
Nº 008/09, que altera as Leis
Complementares nos 7, de 7 de dezembro de 1973, que institui e
disciplina os tributos de competência do Município; 113, de 21 de dezembro de
1984, que institui a Taxa de Coleta de Lixo; 197, de 21 de março de 1989, que
institui e disciplina o ITBI; e 306, de 23 de dezembro de 1993, que institui hipótese
de responsabilidade pelo pagamento do ISSQN.
PROC. Nº 4169/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 194/09, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, que inclui
parágrafo único no art. 8º da Lei nº 10.199, de 11 de junho de 2007 – Estatuto
do Pedestre –, dispondo sobre a diferenciação do piso em que estejam instalados
equipamentos urbanos.
PROC. Nº 4330/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 026/09, de autoria do
Ver. Airto Ferronato, que inclui arts. 7º-A, 7º-B e 7º-C na Lei Complementar nº
444, de 30 de março de 2000 – que autoriza o Poder Executivo do Município de
Porto Alegre a criar o Conselho Municipal do Idoso e dá outras providências –,
criando o Fundo Municipal do Idoso e dando outras providências.
PROC. Nº 5420/09 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº
005/09, de autoria do Ver.
Sebastião Melo e outros, que altera o “caput” e o § 1º do art. 101 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre, dispondo sobre a representação na
composição dos conselhos municipais.
PROC. Nº 5139/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 024/09, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que inclui inc. VIII no art. 86 da Lei Complementar nº 12, de 7
de janeiro de 1975, que institui posturas para o Município de Porto Alegre e dá
outras providências, e alterações posteriores, incluindo no rol de proibições
relativas à poluição sonora a emissão de sinal sonoro por alarme de segurança
por período superior a 5 (cinco) minutos e estabelecendo a respectiva
penalidade.
PROC. Nº 5576/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/09, que declara de utilidade pública o Centro Cultural
James Kulisz (CEJAK).
PROC. Nº 5577/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 042/09, que declara de utilidade pública a Associação dos
Amigos da Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HEMOAMIGOS).
PROC. Nº 5578/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 043/09, que declara de utilidade pública o Lar da Criança e
do Adolescente Menino Jesus (LARCAMJE).
PROC. Nº 5579/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/09, que altera o art. 1º da Lei nº 9.174, de 18 de julho
de 2003, que declara de utilidade pública a Associação Casa Marta e Maria.
PROC. Nº 5525/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 049/09, de autoria da Mesa Diretora, que altera o inc. III e
o parágrafo único do art. 3º da Resolução nº 2.083, de 7 de novembro de 2007,
que institui o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre, a Comenda Porto do Sol
e o Diploma Honra ao Mérito, premiações a serem outorgadas pela Câmara
Municipal de Porto Alegre, dispondo sobre a confecção do Diploma Honra ao
Mérito e dando outras providências.
PROC. Nº 5572/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO
Nº 009/09, que altera a Lei
Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973, que institui e disciplina os
tributos de competência do Município, e dá outras providências.
PROC. Nº 5614/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 045/09, que autoriza o Executivo Municipal a abrir Crédito
Especial no valor de R$ 900.000,00 (novecentos mil reais).
2ª SESSÃO
PROC. Nº 4160/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/09, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que concede
o Diploma Honra ao Mérito à senhora Susana Maria Rossi de Carvalho e Silva.
PROC. Nº 4166/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 034/09, de autoria da Verª Maria Celeste, que concede o
Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor Miguel Granato Velasquez.
PROC. Nº 4453/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 220/09, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que concede o
título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Hamilton Jesus Vieira Pereira.
PROC. Nº 5016/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 223/09, de autoria do Ver. Nelcir Tessaro, que concede o
título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao jornalista Paulo Raymundo
Gasparotto.
PROC. Nº 5046/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 225/09, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que denomina
Acesso Hammond o logradouro público cadastrado conhecido como Viaduto dos
Açorianos – Acesso Leste 1 –, localizado no Bairro Centro Histórico.
PROC. Nº 5292/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 039/09, que atribui aos detentores do cargo de provimento
efetivo de Assessor para Assuntos Jurídicos Verba de Consultoria
Jurídico-Administrativa na Administração Centralizada, Autarquias e Fundação do
Município.
PROC. Nº 5295/09 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 040/09, que extingue e cria Cargos em Comissão e Funções
Gratificadas no Quadro da Administração Centralizada do Executivo Municipal,
constantes da letra “c” do Anexo III da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de
1988, e alterações posteriores, e inclui inc. XVIII no art. 1º da Lei nº 8.689,
de 28 de dezembro de 2000, e alterações posteriores.
PROC. Nº 3728/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/09, de autoria do Ver. Adeli Sell, que altera a ementa e
inclui § 2º no art. 1º da Lei nº 10.261, de 28 de setembro de 2007, fixando
dias e horário de funcionamento da Feira do Mercado Bom Fim.
PROC. Nº 5073/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 226/09, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que denomina Rua
Gabriel Cucchiarelli o logradouro público cadastrado conhecido como Ciclovia
6439 – Loteamento Altos do Santa Rita –, localizado no Bairro Hípica.
PROC. Nº 2792/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 118/09, de autoria do Ver. Toni Proença e outros, que
institui os Fundos de Apoio e Fomento aos Centros Populares de Compras e dá
outras providências.
PROC. Nº 4414/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO Nº 025/09, de autoria do
Ver. Paulinho Ruben Berta, que altera os incs. III e VIII e inclui parágrafo
único no art. 12 da Lei Complementar nº 234, de 10 de outubro de 1990 – que
institui o Código Municipal de Limpeza Urbana –, e alterações posteriores,
estabelecendo obrigação aos síndicos ou administradores de condomínios.
O SR. PRESIDENTE (Sebastião Melo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
Nada
mais havendo a tratar, encerramos os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h37min.)
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